Gente, olha só essa história! Os passageiros do luxuoso Villa Vie Odyssey, que a imprensa internacional já apelidou de ‘cruzeiro amaldiçoado’, finalmente começaram a embarcar no porto de Belfast, na Irlanda do Norte. Eles estavam esperando desde maio para o navio zarpar. A última partida estava marcada para quinta (26), mas foi adiada de novo por uma nova crise, segundo o Daily Mail. Mas parece que agora vai, hein?
O plano original era o navio navegar por três anos ao redor do mundo, custando até 27 mil libras por mês para cada passageiro, o que dá quase R$ 200 mil! Mas o Odyssey ficou preso nas docas por quatro meses por problemas técnicos e passou por vários reparos e testes.
A Villa Vie Residences informou na quinta-feira que um novo ‘problema crítico’ surgiu, mesmo depois dos testes mais recentes, e que a partida poderia demorar mais três dias. Mas nesta segunda (30), um post no Instagram Stories da empresa mostrou o Odyssey sendo levado ao terminal D1 do porto para finalmente receber os passageiros. Vamos ver se agora vai mesmo!
No ‘rastro’ do Titanic
O último problema do Odyssey foi ficar atracado por quatro meses em docas da Harland and Wolff, a mesma empresa que construiu o Titanic. E olha só, a empresa declarou falência pela segunda vez em cinco anos na última semana, segundo a BBC.
Por questões legais e de segurança, o estaleiro não podia permitir que os passageiros embarcassem. Na quinta (26), não havia outra doca disponível, deixando a Villa Vie Residences esperando uma vaga no porto para embarcar os passageiros sem problemas burocráticos.
‘Eu entendo porque as pessoas dizem que essa viagem está amaldiçoada. Trabalho nesse negócio há quase três décadas e nunca vi outro navio passar por tantos problemas e atrasos. Mas eles não podem embarcar os passageiros onde o navio está atracado por questões de segurança e seguro’, disse um funcionário das docas em Belfast ao Mail. Os problemas técnicos do Odyssey incluíam falhas no motor.
Os atrasos foram tantos que dois viajantes, Gian Perroni, de 63 anos, e Angie Harsanyi, de 53, se conheceram nas idas ao porto de Belfast e acabaram se apaixonando e ficando noivos. Já outra passageira, Holly Hennessey, acha que a ‘maldição’ pode ter a ver com a troca do nome do navio, que era chamado Braemar até o início do ano. ‘Dizem que dá azar trocar o nome de uma embarcação. Como fã de iates, levo rituais dos mares a sério. Vale qualquer coisa para pacificar Netuno ou Posêidon e nos ajudar a zarpar’, disse ela.
Apesar disso, Holly não acredita que o navio esteja realmente amaldiçoado. ‘Não acredito nisso. Acho que a equipe da Harland and Wolff contribuiu para os atrasos, mas é triste ver uma marca tão icônica sofrer’.
Um chef de outro navio atracado nos estaleiros da Harland and Wolff foi menos otimista. ‘Não sei se acredito em maldições, mas se acreditasse, diria que este navio poderia estar. Não trabalho naquele navio, mas sei que já passou por tantos problemas. Sinto pena das pessoas esperando para embarcar por tanto tempo. Eles também mudaram o nome do navio, o que qualquer um que passa a maior parte do tempo no mar sabe que é mau presságio.’
A Villa Vie Residences recebeu no dia 26 seu último certificado de segurança de navio de passageiros da DNV, uma organização de avaliação de segurança marítima. Desde maio, quando chegou ao estaleiro para revisão, o navio passou por vários problemas com certificados vencidos.
Além disso, ele estava fora de circulação há tanto tempo que precisou de uma reforma quase completa. Antes dos consertos no motor, ele recebeu um leme novo em julho. Se conseguir vencer a ‘maldição’, o Odyssey deve passar por 425 destinos em 147 países em breve.