Descoberta Receita de Queijo de 3.600 Anos em Múmia Chinesa

Gente, olha que babado arqueológico! Em 2014, arqueólogos chineses encontraram uma múmia de 3.600 anos no cemitério de Xiaohe, no meio do Deserto de Taklamakan. E o mais curioso: ela tinha um ‘colar’ de queijo ao redor do pescoço. Agora, uma década depois, pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências revelaram a receita desse queijo milenar. 🧀✨

O Queijo de Kefir

De acordo com o artigo publicado no periódico Cell, esse queijo seria feito de kefir, um leite fermentado alcoólico produzido artesanalmente com grãos. Eles fermentaram tanto leite de cabra quanto de vaca em várias etapas, misturando tudo para formar o queijo. Isso reduzia a lactose, permitindo que até os intolerantes à lactose de Xiaohe pudessem consumir, além de aumentar a durabilidade do produto. Super sustentável, né?

A múmia encontrada no cemitério de Xiaohe tinha um ‘colar’ de queijo – Wenying Li/Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Xinjiang (750×1)

Descobertas Científicas

Analisando as proteínas das amostras retiradas do corpo, os cientistas detectaram a presença do Lactobacillus kefiranofaciens, essencial para produzir esse tipo de queijo fermentado. Qiaomei Fu, paleogeneticista da Academia, ficou super empolgada: ‘É incrível!’, disse ela à National Geographic. Mas, claro, extrair genomas de amostras tão antigas não é nada fácil.

Para chegar às conclusões, Fu criou moléculas especiais em laboratório para capturar o DNA do micróbio do queijo. Em 2024, eles conseguiram 92% do genoma completo. Essa descoberta é um marco na arqueologia, já que nunca se encontrou um queijo preservado tão antigo.

Múmia de mulher do cemitério de Xiaohe – Wenying Li/Instituto de Arqueologia e Relíquias Culturais de Xinjiang (750×1)

Rastreando o DNA

Os pesquisadores compararam o genoma do L. kefiranofaciens com outros da mesma família e encontraram semelhanças com cepas da Europa e áreas costeiras do Pacífico. Isso sugere que o kefir se espalhou em duas direções: para a Europa e para o sul da Ásia. Uma segunda cepa foi encontrada na região do Tibete, indicando uma troca cultural entre os povos de Xinjiang e do leste da Ásia.

O Kefir moderno – iStock (750×1)

O estudo também concluiu que a bactéria do kefir evoluiu ao longo dos milênios. As cepas modernas são menos propensas a desencadear uma resposta imunológica no intestino humano, tornando o kefir mais fácil de digerir. Originalmente, o queijo teria uma textura mais macia, mas ainda não se sabe qual seria o seu gosto.

Amostra do laticínio encontrado na múmia da Bacia de Tarim – Wanjing Ping/Instituto de Paleontologia Vertebrada e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências (750×1)

O próximo passo dos pesquisadores é tentar recriar o queijo da múmia a partir das evidências encontradas. Imagina só poder provar um queijo com uma história tão rica e antiga! 🍴🧀

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