Túmulo de Jack Dawson? A Verdadeira História por Trás da Lápide em Halifax

Desde o lançamento do icônico filme Titanic em 1997, uma galera tem se reunido em torno de um túmulo no cemitério Fairview Lawn, em Halifax, Canadá, achando que é o local de descanso de Jack Dawson, o personagem do Leonardo DiCaprio. Mas será que é mesmo?

Esse cemitério é conhecido por homenagear as vítimas do desastre marítimo, e tem uma lápide com o nome ‘J. Dawson’. Isso fez muitos fãs do filme criarem uma conexão com o protagonista. Só que a história real por trás dessa lápide é bem diferente da ficção.

Túmulo de Jack?

Na verdade, o túmulo de ‘J. Dawson’ pertence a Joseph Dawson, que trabalhava como operário na sala de máquinas do Titanic. Pouco se sabe sobre ele, além do fato de que morreu no naufrágio. A inscrição na lápide, com a data de morte de 15 de abril de 1912, atrai fãs do filme, mas o verdadeiro Joseph Dawson não era um artista jovem e aventureiro.

Segundo o produtor do filme, qualquer ligação entre o verdadeiro Dawson e o personagem Jack foi pura coincidência; o nome foi escolhido sem conhecimento prévio sobre esse tripulante.

Após o naufrágio, três navios foram enviados de Halifax para recuperar corpos. Mais de 300 foram encontrados; cerca de 100 foram ‘sepultados’ no mar, e os demais foram levados ao porto mais próximo, Halifax. O local foi criado para atender à demanda de sepultamentos locais após a tragédia, já que a cidade era o porto mais próximo e acessível por ferrovia no momento do desastre.

Como é o ‘cemitério do Titanic’

Fairview Lawn abriga 121 túmulos de vítimas do Titanic. As sepulturas são organizadas em formato semelhante ao casco de um navio. É o maior local de sepultamento de vítimas do naufrágio. No Museu Marítimo do Atlântico, também em Halifax, estão expostos vários artefatos do Titanic, incluindo uma cadeira de convés e sapatos de uma criança.

Desde o lançamento do filme, o museu e o cemitério viram um aumento significativo de visitas, com até 220 mil visitantes por ano. Por atrair grande público, a administração do cemitério limitou o acesso por ônibus de turismo. Ainda assim, visitantes a pé são bem-vindos e não são barrados.

A história do Titanic continua a ressoar fortemente no imaginário coletivo, sendo um fenômeno autossustentável na história humana.
Richard MacMichael, coordenador do Museu Marítimo do Atlântico

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