Se você é fã de vinhos, já deve ter ouvido falar em ‘grand cru’ e ‘premier cru’. Esses termos podem parecer complicados, mas na verdade ajudam a entender a qualidade do vinho que você está tomando e, às vezes, o porquê do preço salgado. 🍷
No quadro ‘Momento Nerd’ do programa ‘Vamos de Vinho’ desta semana, o jornalista Rodrigo Barradas explica esses termos na região francesa de Borgonha. Ele e Vinícius Mesquita falam sobre a pinot noir, a principal uva tinta da região.
Esses termos estão ligados à classificação dos vinhos na Borgonha, baseada nos vinhedos (‘crus’). A ideia é simples: quanto mais específico e renomado o local de onde vieram as uvas, mais alto o vinho está na escala de qualidade. Existem regras específicas de produção para cada nível, mas a essência da classificação está na localização dos vinhedos.
O nível mais básico é o regional. As uvas podem vir de qualquer lugar da Borgonha e serem misturadas. Nesse caso, o rótulo diz ‘Bourgogne’. Existem variações como o Bourgogne Passetougrain ou os sub-regionais, que abrangem áreas um pouco mais específicas, como ‘Bourgogne Hautes-Côtes de Nuits’.
Acima disso, temos os vinhos de vilarejos específicos. As uvas podem vir de quaisquer vinhedos da cidadezinha, como Gevrey-Chambertin. Aqui, é possível adicionar um indicador de que o vinho veio de um vinhedo específico, como Gevrey-Chambertin Clos Tamisot.
Depois, vêm os vinhedos específicos, considerados muito bons. São os ‘premiers crus’. No rótulo, normalmente vem o nome do vilarejo, o nome do vinhedo e a indicação de que ele é um premier cru, como Gevrey-Chambertin 1er Cru Les Combottes.
No topo da pirâmide estão os grand crus, vinhedos excepcionais. Nesse caso, o nome da cidade é omitido no rótulo, como Chambertin Grand Cru.
Um Pinot Noir sem destruir a conta bancária?
A pinot noir é uma uva muito admirada por enófilos. Seus vinhos são sutis e complexos, cultuados no mundo todo. Mas, na Borgonha, os rótulos variam entre ‘caros’ e ‘impraticáveis’.
No programa da semana, a dupla de apresentadores dá dicas de pinots que não quebram a banca: os chilenos. Há pouco mais de 20 anos, o Chile começou a entender melhor as características dessa variedade, produzindo vinhos mais elegantes.
Algumas sugestões de vinhos chilenos acessíveis incluem:
- Marques De Casa Concha Pinot Noir
- Catrala Gran Reserva Pinot Noir
- Montes Alpha Pinot Noir
- Nimbus Estate Pinot Noir
- Ventisquero Herú Pinot Noir
- Amelia Pinot Noir 2019
Vamos de Vinho:
Apresentado por Vinícius Mesquita e Rodrigo Barradas, o videocast combina conhecimento especializado e uma abordagem descontraída sobre vinhos. Os episódios são disponibilizados toda quinta, a partir das 19h, no Canal UOL e no YouTube de Nossa. Assista ao episódio na íntegra: