Gente, olha só essa novidade! Quem estava embarcando para Londres nesta quarta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) foi pego de surpresa pela obrigatoriedade da autorização eletrônica de viagem, conhecida como ETA. Esse documento agora é essencial para qualquer brasileiro entrar no Reino Unido, mesmo que seja só uma escala. 😱
O que rolou
“Eu esqueci completamente”, disse o engenheiro Anilton Rodrigues Júnior, 29. Ele estava indo para Dublin, na Irlanda, e até tinha ouvido falar sobre isso, mas não se ligou na data de início. “Ouvi falar, era um rumor desde o ano passado, mas não me atentei a datas. Se nessa viagem precisar, eu não tenho”, contou ele.
“Eu realmente não sabia disso”, afirmou a especialista em marketing Catarina Almeida, 23. Ela e a mãe iam para Portugal, mas tinham uma escala em Londres. “Vi que eu não precisava. Pelo menos nenhuma matéria dizia que era o nosso caso. Planejamos essa viagem há um ano.”
“Descobri em cima da hora”, contou Yasmin Freire Rodrigues Melo, 14. A mãe dela, Maiara, disse que só souberam da obrigatoriedade na última semana, quando foram retirar as passagens. Yasmin estava super ansiosa, pois essa é sua primeira viagem internacional, um presente de 15 anos. “Quando comentaram comigo, eu pensei ‘nossa, vou ter que fazer entrevista ou algo do tipo’. Mas foi bem simples e resolvido na hora, então eu fiquei tranquila.”
Funcionários de uma companhia aérea disseram que passageiros sem o documento não serão barrados. Pessoas ouvidas pelo UOL no aeroporto afirmaram que a ordem é liberar o embarque, mas orientar que os passageiros peçam a certificação, que é feita online e costuma ter resposta rápida. É permitido viajar enquanto se espera uma resposta, o que é ótimo para quem precisa embarcar com urgência.
A reportagem tentou contato com a Embaixada do Reino Unido no Brasil para entender o protocolo, mas não teve retorno. A Latam Airlines afirmou seguir as “determinações das autoridades competentes sobre exigências de documentação”. A British Airways não respondeu.
Vale lembrar que o documento não libera a permanência no Reino Unido. Os passageiros ainda precisam passar pela imigração no desembarque. A criação do ETA é um esforço do governo britânico para digitalizar o sistema de gestão de fronteiras e garantir “verificações de segurança mais robustas”.
Emissão é rápida, dizem passageiros
O governo britânico diz que o prazo para emissão é de até três dias úteis, mas muitos passageiros afirmaram ter retorno em horas. “Ficamos sabendo que era obrigatório faltando um mês para a viagem. Mas é bem tranquilo”, contou a gerente comercial Elisa Santana, 26, que viajou para Edimburgo, na Escócia, com a mãe e a filha.
“Recebemos em menos de uma hora”, relata a administradora Tarcila Policeni, 42. Segundo ela, a emissão não é burocrática. “Achei bem semelhante ao processo de documentação na época da covid, que tinha que fazer para informar se tinha vacina. Como o retorno foi rápido, foi bem tranquilo.”
Há relatos de aprovação em minutos. A psicóloga Fernanda Boim Medeiros e Silva, 48, disse que teve retorno em 10 minutos. Ela faz escala em Londres e segue para a Índia com um grupo de amigos. “Em algum momento da organização da viagem um dos componentes disse que ia precisar [do ETA] a partir do dia 8 de janeiro. A gente correu atrás, mas não foi difícil, não é nem impresso.”
Como solicitar o ETA?
A solicitação deve ser feita por qualquer pessoa sem nacionalidade britânica que vai ficar menos de seis meses no país. Prazos maiores exigem o pedido de visto. A implementação começou em novembro de 2023 para cidadãos do Catar e termina em abril, quando europeus também precisarão emitir o ETA.
A emissão é online e custa 10 libras esterlinas, cerca de R$ 78. O pedido é feito pelo site ou aplicativos para celular do governo britânico. É preciso indicar e-mail, cadastrar uma forma de pagamento e enviar foto do passaporte e do rosto. A validade é de dois anos. A resposta chega por e-mail, mas é necessário refazer o processo em caso de troca do passaporte.