Gente, vocês já viram aquele truque viral no TikTok para dormir no avião? Pois é, ele está bombando com milhares de visualizações e vários influenciadores testando. Mas, calma aí, porque esse truque pode ser bem perigoso para a segurança a bordo e para a sua saúde.
O Truque
O truque consiste em dobrar as pernas com os pés sobre o assento e prendê-las com o cinto de segurança. Parece confortável, né? Mas dá uma olhada nos vídeos de pessoas tentando se encaixar nas poltronas:
Riscos à Segurança
Além de correr o risco de ser repreendido pelos comissários, essa posição não é segura durante a decolagem ou aterrissagem. Em caso de turbulência ou emergência, pode causar um caos a bordo. A comissária Jasmine Khadija explicou à revista Travel and Leisure que, se houver uma forte corrente de jato, você pode ser chacoalhado e se machucar. E, em uma evacuação de emergência, ficar preso ao cinto pode atrapalhar a saída rápida do avião.
Problemas de Saúde
Além dos riscos de segurança, essa posição pode causar câimbras e torcicolo. A educadora de sono Cali Bahrenfuss disse que qualquer turbulência pode fazer sua cabeça bater contra os joelhos, causando ferimentos. E ficar com a cabeça para a frente pode levar a dores no pescoço e na cabeça.
Ficar muito tempo nessa posição também não deixa o corpo relaxar totalmente, causando desconforto na coluna e no pescoço, como apontou a dra. Chelsea Perry, da clínica Sleep Solutions.
Risco de Trombose
Viajar de avião já é complicado, especialmente na classe econômica. E ficar com as pernas dobradas por muito tempo aumenta o risco de trombose, que é a formação de coágulos que interrompem a circulação do sangue. Para evitar isso, é melhor seguir as recomendações médicas: beber bastante líquido, sentar-se confortavelmente, evitar álcool, usar meias de compressão, não tomar remédios para dormir e caminhar pelo avião a cada duas horas.
Então, galera, apesar de parecer uma boa ideia, esse truque não vale o risco para a sua saúde e segurança. Melhor seguir as dicas tradicionais para uma viagem tranquila.
*com matéria de agosto de 2024