Gente, olha só que situação! A falta de um projeto do governo para a economia criativa está pesando na popularidade do Presidente da República. Além dos problemas crônicos de gestão de políticas sociais e a desconexão com as novas relações de trabalho, especialmente o empreendedorismo popular, essa ausência é um baita problema.
Empreendedorismo Jovem
O empreendedorismo popular está super ligado ao comportamento dos jovens e suas preferências por atividades criativas: games, audiovisual, música, eventos, tecnologia, moda… tudo isso que a gente ama! Mas, infelizmente, o governo federal não está percebendo ou estimulando essas áreas.
Extinção da Secretaria de Economia Criativa
Depois da eleição de 2022, que salvou nossa democracia, o Ministério da Cultura foi recriado, mas decidiram extinguir a antiga Secretaria de Economia Criativa. Essa função foi incorporada à Secretaria de Fomentos Culturais. O que parecia um ajuste burocrático foi, na verdade, um tiro no pé. Isso inibiu a possibilidade do MinC articular políticas para esses setores criativos emergentes, focando em ações mais ideológicas e distantes da realidade dos jovens brasileiros.
Busca por Apoio
Sem uma agenda no Ministério da Cultura, o setor criativo buscou apoio em outras áreas do governo, como os Ministérios da Indústria, Comércio e Serviços, Microempresas e até na área econômica. Mas, em geral, essas tentativas não deram certo.
Reforma Tributária e VoD
A reforma tributária, por exemplo, ignorou as especificidades do setor criativo. E a regulamentação do VoD (Video por Demanda), que poderia gerar milhares de oportunidades, está parada no Congresso Nacional. Difícil ser prioridade nesse momento político complicado.
Formação Profissional
Outro problema é a defasagem dos currículos das políticas de formação profissional. Os ministérios da Educação e do Trabalho não estão priorizando a qualificação dos jovens para atuar nas diversas áreas da criatividade brasileira.
Contraste com Estados e Municípios
Enquanto isso, em diversos governos estaduais e municipais, as secretarias de cultura foram rebatizadas de Secretarias de Cultura e Economia Criativa. São Paulo, Rio de Janeiro e a capital paulista são exemplos disso.
Impacto nas Eleições
Como efeito colateral, nas eleições municipais, as principais produtoras de funk e de games, assim como a maioria dos micro e pequenos empreendedores criativos de São Paulo, não apoiaram o candidato do governo federal.
A juventude criativa está ressignificando suas posições políticas em busca de um pragmatismo de vida real. Aquele discurso do Mano Brown na Cinelândia em 2018 segue mais atual do que nunca. Sete anos depois, e a gente ainda está na luta por reconhecimento e apoio.