Francielly Ouriques, modelo brasileira, teve uma experiência bem complicada na última quinta-feira. Ela foi barrada na entrada dos Estados Unidos. E sabe o motivo? Um dos problemas apontados pelos agentes da fronteira foi a presença de Tramal na bagagem dela. Esse opioide é considerado ilegal no país. 😬
Entenda o Caso
O Tramadol, princípio ativo do Tramal, é permitido nos EUA, mas com algumas restrições. Para passar pela fronteira com medicamentos, é necessário seguir normas específicas das agências de saúde, drogas e controle de fronteiras.
Qualquer pessoa chegando aos Estados Unidos, seja americana ou estrangeira, precisa seguir as leis e regulações da FDA (Food and Drug Administration), que regula a segurança de alimentos, medicamentos e cosméticos.
Além disso, se o remédio for uma substância controlada, pode ser necessário cumprir as normas da DEA (Drug Enforcement Administration), que combate o tráfico de drogas.
Problemas Comuns para Turistas
Remédios “não ortodoxos”. Medicações não aprovadas que prometem cura para condições como câncer, AIDS e esclerose múltipla são sempre barradas por agentes de importação.
Drogas com alto potencial de vício. A FDA lista exemplos como Rohypnol (Flunitrazepam), GHB e Fenfluramina (Fintepla). Os agentes de imigração alertam sobre “penalidades severas” para quem tenta entrar nos EUA com essas drogas, que são totalmente proibidas, mesmo com prescrição médica.
Medicações “potencialmente” viciantes. Incluem remédios para tosse, tranquilizantes, medicamentos contra insônia, antidepressivos e estimulantes. É crucial que o viajante declare todas as drogas que está levando, mantenha a medicação nas embalagens originais e leve uma carta do médico explicando que o uso é supervisionado e necessário para o bem-estar do turista.
Restrições para residentes estrangeiros. Brasileiros que moram nos EUA, por exemplo, podem levar no máximo 50 doses de remédios controlados ao voltar para casa. Para importar mais, é necessário ter uma prescrição assinada por um médico licenciado no país e autorizado pela DEA.
Leis estaduais. A agência de Proteção de Fronteiras dos EUA alerta que a posse de certas substâncias pode violar leis estaduais, mesmo que não infrinja regulamentos nacionais. Por isso, é importante se informar sobre possíveis restrições adicionais do estado de destino.
Outros Motivos para a Deportação
No caso de Francielly, ela mencionou outras duas razões para ter tido o visto revogado. Os agentes questionaram a modelo por ter despachado a bagagem de um amigo como se fosse dela e encontraram supostas irregularidades em seu celular: no passado, ela havia consultado empresas sobre questões relacionadas a green card e visto, o que levantou suspeitas.
Regras para Entrar nos EUA com Medicamentos
Prescrição médica. Cidadãos estrangeiros devem levar seus remédios acompanhados da prescrição do médico. O ideal é que o medicamento esteja na embalagem original, com a nota do profissional, escrita em inglês, anexada a ele. Caso o remédio já tenha sido transferido para outra embalagem, leve uma cópia da receita ou uma carta do médico explicando por que você precisa usá-lo.
Quantidade necessária. Viaje apenas com a dose necessária para a sua estada no país. Grandes quantidades são proibidas e podem causar suspeita de tráfico. Quem for passar mais de três meses nos EUA e precisar de medicação internacional, deve importá-la, sempre com documentos que comprovem sua finalidade.
Regulamentação local. Confira se o medicamento que você quer levar é regulamentado pelas agências locais. Aqueles que não têm asterisco ou a frase “all agents require an approved non-formulary request/prior authorization” costumam ser permitidos no país.
Testes de medicação. Cumprir esses requisitos não garante que o remédio passará pela imigração. Todas as medicações podem ser submetidas a testes pela FDA para garantir que não ferem nenhuma das leis locais.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/04/17/modelo-deportada-por-tramal-os-remedios-proibidos-para-turistas-nos-eua.htm