Carlo Ancelotti e o Lambrusco: Uma Conexão Italiana com Sabor de Vinho

Você já se perguntou se Carlo Ancelotti, técnico famoso, curtia um bom vinho quando morava na sua terra natal, Emilia-Romagna? Com 20 anos, ele já estava jogando em Roma, mas é bem provável que, nos anos 70, um jovem do interior da Itália tivesse o vinho como parte das refeições. E o lugar onde ele nasceu, Reggiolo, é perfeito para brindar com um tipo de vinho super popular no Brasil, especialmente em São Paulo: o Lambrusco.

O Que é Lambrusco?

Lambrusco é tanto uma uva quanto um tipo de vinho. Existem várias variações da uva, como grasparossa e salamino. O vinho Lambrusco é normalmente frisante, feito pelo método charmat, quase sempre tinto e com diferentes níveis de dulçor, do secco ao dolce.

Lambrusco é Bom?

Calma lá. Existem muitos Lambruscos industriais vendidos em supermercados que são meio enjoativos, tipo uma Fanta uva batizada. Mas também há Lambruscos feitos com cuidado, especialmente em Reggio Emilia, terra de Ancelotti. Produtores como Venturini Baldini e Cantina Sociale di Gualtieri fazem vinhos francos e alegres, perfeitos para acompanhar embutidos, outra especialidade da Emilia-Romagna. Não é à toa que Ancelotti batizou um de seus livros de “Prefiro a Copa”, uma referência tanto ao torneio quanto ao presente que o porco nos dá. Ou seja, até é uma “porcaria”, mas no melhor sentido.

Ancelotti e Vinhos de Classe

Não sabemos a opinião de Ancelotti sobre Lambrusco, mas ele é conhecido por apreciar vinhos de alta classe, especialmente italianos. Sua relação com o Masseto, um dos grandes supertoscanos de Bolgheri, é bem conhecida. No Brasil, uma garrafa desse vinho pode custar milhares de reais.

Uma Uva Quase Xará

Uma das uvas tintas mais conhecidas da Emilia-Romagna é a ancellotta, que às vezes entra em blends de Lambrusco, mas é mais famosa por seus tintos tranquilos. Com cor azulada intensa, produz vinhos de bom corpo e taninos, com notas de frutas pretas, violeta e especiarias. A boa notícia é que existem bons ancellottas feitos no Rio Grande do Sul. O da Don Laurindo é histórico, mas o Alma Penada 2013 de Eduardo Zenker é ainda melhor. Hoje, muitas vinícolas gaúchas produzem bons vinhos com essa casta.

Saideira

Esse tava bom
Florence, uns 15 anos atrás. Nunca me interessei por supertoscanos, mas topei com um Grattamacco que um jornalista brasileiro conseguia pagar na época. Abri no hotel e, pelamordedeus, que vinho! O corte de cabernet sauvignon, merlot e sangiovese era intenso, com aromas se espalhando pelo quarto e deixando lembranças na boca por muitos minutos. A safra 2017 custa R$ 1.650 na importadora.

Esse também tava
Outro vinho inesquecível foi o Alma Penada 2013. Só houve uma edição, pois o viticultor derrubou o vinhedo depois. Abri num Carnaval no Rio, depois de um plantão. O ambiente foi tomado pelo aroma de violeta, arruda e frutas pretas. Durava séculos na boca. Não consegui ir além de dois copos, estava quente demais. Mas nunca esqueci.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/vamos-de-vinho/2025/05/17/ancelotti-e-da-terra-de-um-vinho-muito-popular-no-brasil.htm

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