MAD Symposium: O G20 da Gastronomia em Copenhague

Imagina só, uma tenda de circo montada em um bairro industrial de Copenhague, onde, por dois dias, se reúnem alguns dos maiores nomes da gastronomia mundial. É isso que acontece no MAD Symposium, o congresso culinário mais importante do mundo. 🌍🍴

Os Grandes Nomes

Entre os participantes estão o cozinheiro-ativista José Andrés, que busca alimentar vítimas de guerras e desastres, o chef americano Thomas Keller, que tem dois restaurantes com três estrelas Michelin nos EUA, quatro adolescentes que representam a nova geração da pesca de salmão na Islândia e uma banda que usa cenouras e repolhos para fazer música. 🎶🥕

Festival e Sala de Aula

O evento, criado pelo influente chef dinamarquês René Redzepi, do famoso restaurante Noma, é um misto de festival e sala de aula. A cada entrada no palco, a plateia de 700 pessoas solta gritinhos histéricos. É onde os principais atores do setor discutem os tópicos que serão tendência nos próximos meses ou anos.

Transformação Gastronômica

Nas últimas duas décadas, Copenhague se transformou em um dos epicentros gastronômicos mais influentes do mundo. Antes, a comida ali não passava de smorrebrod, arenque defumado e legumes cozidos. Hoje, chefs do mundo todo se espelham nos dinamarqueses para criar seus menus. 🍽️

Graças ao movimento New Nordic, que defende ingredientes locais, sazonais e sustentáveis, alimentos fermentados se tornaram tão comuns quanto pão e manteiga.

O Manifesto da Nova Cozinha Nórdica

Há 20 anos, 12 chefs nórdicos assinaram o Manifesto da Nova Cozinha Nórdica, liderado por Claus Meyer e René Redzepi. O documento propunha uma culinária ética, pura, fresca e profundamente conectada com as paisagens e estações do Norte da Europa. O objetivo era claro: construir uma identidade gastronômica própria para os países nórdicos.

Noma: O Restaurante Revolucionário

O Noma, aberto por Redzepi em 2003, tornou-se a principal embaixada do movimento, ganhando por cinco vezes o título de melhor restaurante do mundo. Redzepi incorporou fermentação, forrageamento e preocupações sociais nos seus menus, inspirando chefs do mundo todo. 🌟

Uma Geração Ousada

Chefs como Rasmus Kofoed, do Geranium, e Rasmus Munk, do Alchemist, consolidaram a posição de Copenhague no cenário internacional. Kofoed foi o primeiro a conquistar três estrelas Michelin para um restaurante na Dinamarca, enquanto Munk usa a comida para explorar temas sociais como o plástico nos oceanos e os direitos dos animais.

Futuro da Comida

Munk realizou um congresso sobre o Futuro da Comida, onde nutricionistas, cientistas e engenheiros discutiram temas como as novas descobertas da microbiota para a saúde e como vamos cozinhar no espaço. Ele será o primeiro chef a cozinhar em uma cápsula estratosférica, a 30 mil metros de altitude. 🚀

Cultura Alimentar Vibrante

Além dos holofotes para restaurantes premiados, a revolução nórdica afetou muito mais que a alta cozinha. Copenhague vive hoje uma cultura alimentar vibrante, com padarias competindo pelo melhor pão de fermentação natural, microcervejarias e vinhos naturais prosperando, e feiras e mercados de rua oferecendo refeições acessíveis e criativas.

Reconhecimento Global

A gastronomia dinamarquesa contou com apoio governamental, aumentando o consumo de ingredientes sazonais e de produtores locais. Quatro em cada dez turistas internacionais que visitam Copenhague citam a gastronomia como o principal motivo da viagem.

Em 2024, a cidade acumulava 26 estrelas Michelin em 15 restaurantes, além de 17 Estrelas Verdes, que se destacam por práticas sustentáveis. Chefs dinamarqueses venceram consecutivamente o Bocuse d’Or, a mais prestigiada competição culinária do mundo.

Do alto da estratosfera à mesa dos dinamarqueses, Copenhague reafirma seu lugar no centro do mapa gastronômico mundial. 🌟🍴

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/rafael-tonon/2025/05/29/com-foodpalooza-e-revolucao-copenhague-e-o-lugar-para-quem-ama-comer.htm

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