Morar em Casa de Vila: A Escolha de Thaís Albuquerque para uma Vida Mais Tranquila

Você já ouviu falar que quem mora em casa nunca mais quer saber de apartamento? Pois é, essa é a história da médica Thaís Albuquerque, de 38 anos, que nasceu e cresceu em São Paulo.

Do Interior para a Capital

Thaís passou alguns anos em São José do Rio Preto (SP) para fazer faculdade. Lá, ela e o marido moravam em uma casa. “A vida no interior é bem mais em conta, a gente conseguia pagar o aluguel de uma casa grande”, conta ela.

Quando voltou para São Paulo, no final de 2020, Thaís queria ficar perto da família, no bairro do Ipiranga. A solução foi alugar um apartamento de 60m². Mas logo perceberam que o espaço era pequeno para dois adultos e quatro pets.

O condomínio tinha espaço pet, a gente saia com eles para andar todos os dias. Mas, dentro do apartamento, a gente sentia que era uma coisa meio claustrofóbica.
Thaís Albuquerque

Desafios de Morar em Casa

Para Thaís e seu marido, morar em uma casa em São Paulo parecia complicado. Além da questão financeira, a segurança era uma preocupação. “Eu falava que só tinha coragem se fosse em condomínio de casas ou em uma vila”, lembra.

Vilas são ruas sem saída com várias casas, isoladas por um portão em comum que dá acesso restrito aos moradores.

Um Sonho Distante

Thaís achava que morar em uma casa de vila era inacessível. “Eu até acompanhava alguns perfis de imóveis na internet e achava surreal. Não tinha como fazer um investimento daquele.”

Um dia, andando pelo bairro à noite, uma rua com varal de luzes chamou sua atenção. “Achei uma graça. O varal estava aceso e vi crianças brincando. Tinha uma placa de ‘vende’ e lembro de pensar que seria um sonho morar ali.”

Thaís tirou uma foto da placa e, dias depois, ligou na imobiliária. Para sua surpresa, o preço era bem abaixo do que imaginava.

A Decisão

Thaís e seu marido, Eduardo, fizeram as contas. A parcela do financiamento do imóvel seria só um pouco mais cara do que o aluguel e condomínio do apartamento. Eles resolveram arriscar, e deu certo.

A casa em que eles moram é um sobrado dos anos 50, modernizado em 2019. Tem conceito aberto, sala integrada com a cozinha e sistemas elétrico e hidráulico renovados. Nos quartos, o piso de madeira foi mantido.

Um Novo Lar

A casa tem 70 m² de terreno e 140 m² de área construída, com dois andares. Embaixo, ficam sala, cozinha e lavanderia. No andar de cima, dois quartos. Os imóveis têm uma vaga de garagem cada.

Na vila onde Thaís mora, são sete casas no total. Tem um portão que separa a área da rua, dando mais segurança e privacidade. “Do portão para dentro, parece uma cidadezinha do interior. A gente nem ouve o barulho da rua.”

Todo mundo se ajuda. A gente vive em uma comunidade, até brincamos que a gente se vê mais entre os vizinhos do que vê a nossa própria família.
Thaís Albuquerque

Viver em Comunidade

Thaís destaca as diferenças na rotina da vila, principalmente em uma cidade como São Paulo. Ela fica com a chave da casa dos vizinhos quando eles viajam e confraterniza até de roupão ou pijama. E se sente muito segura.

Na festa junina, a gente decora a vila com bandeirinhas e cada casa faz um prato. Na época da Copa do Mundo, a gente colocou bandeirinhas. Às vezes, fazemos churrasco ou jantamos na calçada.
Thaís Albuquerque

Organização Colaborativa

A vila é organizada de forma colaborativa. Não tem síndico e ninguém paga condomínio. O único custo é uma contribuição mensal de R$ 100 por casa, usada para melhorias em comum, como pagar um jardineiro ou fazer a manutenção do portão.

É uma coisa muito diferente do que a gente está acostumado a viver em São Paulo. Mas, para mim, é uma das coisas que mais trouxe qualidade de vida para a minha família, finaliza Thaís.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/06/15/parece-interior-mas-e-sao-paulo-ela-trocou-ape-por-sonho-de-morar-em-vila.htm

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