Descubra Mendoza: Vinhos, Paisagens e Experiências Únicas

Se você é apaixonado por vinho, Mendoza, na Argentina, provavelmente já está na sua lista de destinos dos sonhos. 🌄🍷

O Charme de Mendoza

Localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, a mais de 740 metros acima do nível do mar, Mendoza é famosa por seus vinhos premiados e mundialmente reconhecidos. A cidade respira turismo com tours pelas bodegas e vinícolas, oferecendo uma experiência única para os amantes de vinho.

Convite Irresistível

Quando recebi o convite da Bodega Trivento para visitar a cidade, não hesitei. A Trivento, parte do famoso grupo Concha y Toro, é o braço argentino da empresa. Entre os convidados estavam sommeliers, influenciadores de bebida e comida, de lifestyle e três jornalistas (eu era uma delas). Embora eu goste de vinho, não sou uma especialista. Não sei harmonizar pratos nem identificar aromas só de cheirar ou dar um golinho na taça.

Aprendizado Intenso

Os dois dias em Mendoza foram corridos, mas muito proveitosos. Aprendi que Malbec é a uva icônica da região e a matéria-prima da maioria dos bons vinhos de lá.

Vinhos tinto, rosé e branco – Bárbara Paludeti/UOL (450×1)

Os Ventos de Trivento

A Trivento, nomeada pelos três ventos que incidem sobre o local — Sudestada, Zonda e Polar —, possui três vinhedos em Mendoza. A vinícola produz de 20 a 25 milhões de litros de vinho por ano, sendo a segunda marca argentina de vinho mais vendida no Brasil.

Cada vento tem um efeito específico na produção das uvas, contribuindo para o terroir do vinho, que é a combinação de solo, clima e manejo. Mendoza tem uma diferença média de 15ºC entre o dia e a noite, o que faz com que os vinhos brancos tenham um sabor especial.

Seca e Irrigação

Mendoza é uma região seca, com cerca de 200 mm de chuva anual. Para irrigar os vinhedos, são necessários 500 mm de água, que vem da Cordilheira dos Andes e é naturalmente filtrada pelas pedras do solo.

Essa uvinha aí que parece seca e sem graça era extremamente doce – Bárbara Paludeti/UOL (750×1)

Em maio, a secura traz belas paisagens com tons alaranjados e amarronzados nas videiras. Caminhando por um dos vinhedos, experimentei uvas secas que eram extremamente doces.

Variedades de Uvas

Existem mais de 8.000 variedades de uvas catalogadas no mundo, mas nem todas viram vinho. Cerca de 60% a 70% são destinadas à vinificação, enquanto o restante vai para consumo in natura, produção de passas, sucos e outros derivados.

Céu azul, folhas alaranjadas e solo seco: essa é Mendoza – Bárbara Paludeti/UOL (450×1)

Degustação de Malbec

A primeira parada foi na bodega Los Vientos, onde degustamos quatro tipos diferentes de Malbec. Aprendi que alguns vinhos premium são feitos com a mistura de outros vinhos, um blend cuja porcentagem de cada um é segredo.

No primeiro gole, tudo parecia vinho. Mas no segundo, comecei a notar diferenças. Não com a destreza dos enólogos, mas foi interessante ouvir as explicações dos experts da Trivento sobre como cada solo influencia na produção da uva.

Os barris de madeira também têm taninos que conferem mais sabor ao vinho – Bárbara Paludeti/UOL (450×1)

Taninos e Sabores

Os taninos, substâncias naturais na uva e na madeira do barril, deixam o vinho com um gostinho mais seco na boca. Eles ajudam o vinho a durar mais tempo e dão estrutura. Tentei sentir as frutas vermelhas mencionadas pela sommelier, mas só reconheci um leve azedo na bochecha.

Casarão Histórico

Na bodega Drummond, degustamos o vinho mais premium da Trivento vendido no Brasil, o Eolo 2020, acompanhado de um jantar especial. Este belo casarão histórico estará aberto para visitação até o fim do ano.

Casarão histórico na bodega Drummond – Bárbara Paludeti/UOL (750×1)

Harmonização

Vinho combina com comida, e os tours da Trivento têm cardápios feitos sob medida pelo chef Nacho Molina para harmonizar com cada refeição. Aperitivo, entrada, prato principal e sobremesa, cada momento tem um vinho especial.

É claro que teve carne assada na parrilla – Bárbara Paludeti/UOL ()

Vinho e Paisagem

Com a taça na mão e o sol se pondo atrás da Cordilheira, entendi que vinho também é paisagem. Uma taça de vinho com boa comida, conversa leve e gente bacana pode ser um daqueles momentos simples que fazem bem de verdade.

O que aprendi foi: dentro desta garrafa, é muito mais do que vinho – Bárbara Paludeti/UOL (450×1)

Não saí de lá uma expert, mas entendi que vinho vai muito além do gosto: é solo, vento, altitude e paciência. Mesmo sem reconhecer notas de cereja ou couro, voltei com uma certeza: vinho bom é aquele que te emociona, mesmo quando você ainda está aprendendo a descrever o porquê.

*A jornalista viajou a convite da Bodega Trivento.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/06/26/o-que-acontece-quando-voce-vai-a-mendoza-sabendo-pouco-de-vinho.htm

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