Você já reparou naquele restaurante simples da esquina, que serve comida por quilo? Ele pode parecer modesto, mas tem um papel importante: é uma resposta à chantagem tarifária de Donald Trump contra o Brasil.
Reciprocidade Tarifária
Com Trump impondo taxas aos nossos produtos, talvez fosse interessante retribuir. Imagine se o Brasil taxasse as importações americanas. Poderíamos ficar sem os vinhos e frutas da Califórnia ou os uísques do Tennessee, mas temos alternativas na Europa e América Latina. E pagar royalties pelas redes de fast-food americanas? Seria um alívio para nossos estômagos e bolsos.
Orgulho Nacional
Contra a fast-food entediante das redes americanas, temos os restaurantes por quilo, uma verdadeira instituição nacional. Não sei bem onde ela nasceu, mas conheci algo parecido na Itália nos anos 1970. Lá, os self-services eram chamados de “tavola calda” e funcionavam de forma semelhante.
No Brasil, o pagamento por peso é comum. Essa modalidade de fast-food é uma resposta brasileira à praga mundial do fast-food americano.
Cuidados Necessários
Claro, há perigos no quilão. A higiene pode ser questionável, com tanta gente respirando sobre a comida exposta. Mas muitos restaurantes têm anteparos de vidro e funcionários monitorando as temperaturas.
Variedade e Saúde
A variedade de opções é um convite ao excesso, mas muitos restaurantes por quilo cuidam da qualidade e segurança dos alimentos. Comparando com a fast-food, o restaurante por quilo oferece refeições rápidas e baratas, e pode ser até mais barato que o hambúrguer gringo.
Além disso, a variedade de saladas, grãos e carnes é muito mais saudável do que uma carne frita dentro de um pão que não estraga nunca.
Identidade Brasileira
Culturalmente, uma refeição rápida e barata com arroz, feijão, bife e salada corresponde mais ao caráter e hábitos dos brasileiros que comem fora quase todo dia. Adoro hambúrguer, mas não medíocre e nem todo dia.
Resposta à Vilania
Temos então uma resposta involuntária à vilania trumpista. Não perderíamos nada se o fast-food padronizado americano ficasse por lá, junto com o senil chantagista autocrata.
Ah, e junto também com o vulgo Bananinha, que queria ser embaixador do Brasil em Washington tendo como credencial o fato de ter sido chapeiro do McDonald’s.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/josimar-melo/2025/07/16/restaurante-por-quilo-pode-ser-resposta-brasileira-a-chantagem-de-trump.htm