Casillero del Diablo é um nome que ressoa globalmente quando falamos de vinhos. Marcelo Papa, diretor técnico da Concha y Toro, compartilhou no programa Vamos de Vinho, do Canal UOL, como essa marca se tornou uma referência mundial.
O Salto na Popularidade
Nos anos 90, a Casillero del Diablo deu um salto impressionante, passando de 500 mil para 7,5 milhões de caixas vendidas por ano. Isso a tornou um dos vinhos chilenos mais conhecidos em mercados como Inglaterra, Brasil e Japão.
Esse sucesso não veio por acaso. A marca investiu pesado em marketing, sendo considerada por sete vezes a segunda mais poderosa do mundo do vinho pela consultoria inglesa Wine Intelligence. Hoje, o rótulo está presente em mais de 140 países.
Casillero del Diablo é provavelmente uma das marcas mais importantes de Concha y Toro […] É uma marca que nos permitiu mostrar o Chile no mundo. Marcelo Papa
Segredo da Consistência
Para uma marca tão grande, que acaba de abrir uma moderna atração turística sobre vinho em Santiago, é crucial manter a consistência. Papa explica que o segredo está em mesclar uvas de diversas regiões, como Maipo, Rapel e Casablanca. Isso ajuda a diluir variações climáticas e garantir regularidade, ao contrário de vinhos de terroir único, que variam mais.
“Se um vale tem problema em um ano, outro compensa. Assim, mantemos a qualidade ano após ano”, detalha Papa.
Casillero del Diablo sempre buscou a tipicidade da variedade da uva, com madeira bem integrada. Como são misturas grandes, o que representa o Casillero é o Chile como um todo. Marcelo Papa
Inovação e Variedade
A linha começou com quatro castas principais e hoje inclui variedades como Pinot Noir, Malbec, Syrah e Carménère, além de versões como a Reserva Privada. Para Papa, inovar e atrair novos consumidores é essencial para o sucesso contínuo.
As marcas sempre têm que estar se rejuvenescendo. Marcelo Papa
Amelia: A Joia do Limarí
No programa, Papa também falou sobre o rótulo Amelia, que apresenta um Chardonnay e um Pinot Noir do vinhedo Quebrada Seca, no Vale do Limarí. Ele destaca a acidez e mineralidade únicas desses vinhos, que representam a máxima expressão dessas variedades no Chile.
Amelia, na máxima expressão, em Chardonnay e Pinot Noir […] provavelmente uma das maiores expressões nessas duas variedades que tem o Chile. […] Quando você o prova, realmente você sente algo diferente que não provou antes em outros chardonnays. Marcelo Papa
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Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/11/14/casillero-del-diablo-mostra-o-chile-ao-mundo-diz-marcelo-papa.htm
