Gente, olha só que fofura! A cachorrinha Mel, adotada com menos de dois meses, aprendeu rapidinho a não morder e a fazer xixi e cocô no lugar certo graças ao treinamento. Sempre que ela acertava, a tutora Gabriela Barbosa, de São Paulo, dava um petisco como recompensa. 🐶✨
Mas não é só sobre dar a patinha ou aprender truques. Treinamento e condicionamento comportamental são essenciais para ter um pet bem-educado em casa. E é aí que entra o reforço positivo.
Os petiscos funcionam como uma recompensa imediata, tornando o aprendizado mais prazeroso e eficiente para os animais. “É como um pagamento pelo bom trabalho, que estimula filhotes e também adultos”, explica Ricardo Tamborini, adestrador especialista em cães.
Cada pet tem sua personalidade, e, em geral, os petiscos fazem mais sucesso. Mas há outros tipos de incentivo:
- Elogios;
- Brincadeiras ou brinquedos;
- Carinho;
- Passeios;
- Escovação, para os gatinhos.
Mas e os petiscos?
Para os gatos, o petisco deve ser oferecido em pedaços pequenos, do tamanho de uma unha de um dedinho. “É sempre um pouquinho, para fazer o treinamento sem afetar a saúde nutricional dos bichos”, orienta Valéria Zukauskas, bióloga e especialista em comportamento felino. Já para os cachorros, o tamanho pode ser levemente maior, mas ainda assim pequeno.
Valem biscoitos caninos, frutas, “bifinhos para cachorro”, e até mesmo a própria ração. As opções são variadas. Para escolher o que funciona melhor para vocês, precisa avaliar se seu bichinho não é alérgico aos ingredientes, qual o teor calórico e de proteínas, tamanho e formato (em comparação com o porte do animal), consistência, se é úmido ou seco… tem que ser prático na hora do treinamento.
A Gabriela tentou oferecer pedacinhos de banana para Mel, mas ela não curtiu e preferiu os bifinhos, mais convencionais.
E não custa lembrar: sachê não serve, porque é um alimento completo; e petiscos nunca devem substituir ou competir com a ração.
Para quem tem dúvida, vale considerar uma avaliação médica. “No início, o veterinário precisa estar envolvido, isso porque às vezes o pet pode ter alguma condição ou doença que o impede de receber certos alimentos. Assim, quem vai apontar o que pode ou não ser oferecido é o veterinário”, ressalta Valéria.
E nem pense em dar estes alimentos, que colocam em risco a saúde dos animais:
- Uvas;
- Chocolates e doces;
- Pão;
- Alimentos com ossos pequenos;
- Salgadinhos ultraprocessados;
- Amêndoas.
Qual é o limite de petiscos?
Os petiscos devem ser apenas um dos reforços positivos oferecidos no treinamento, mas nunca o único, pois em excesso, podem levar à obesidade ou diabetes. Ricardo explica que à medida que o bichinho for aprendendo os truques e os hábitos corretos, é necessário fazer o desmame, substituindo os petiscos por outros incentivos como carinhos ou elogios.
O reforço deve ser levado para a vida inteira, pois sem ele os animais vão ficando desestimulados e podem parar de realizar os truques e comportamentos que aprenderam. Os petiscos devem ser substituídos, mas os cães precisam continuar sendo sempre estimulados.
Ricardo Tamborini, adestrador especialista em cães
Agora, com 11 anos, a cachorrinha Mel, por exemplo, ainda recebe um agrado quando tem bom comportamento. “Ela nunca gostou muito de usar o secador depois do banho, mas é algo importante. Foi dando o petisco após o secador que ela aprendeu que essa etapa precisa ser feita. Também melhorou o vínculo dela com a gente, pois criamos uma relação de confiança através do reforço positivo”, conta a tutora Gabriela.