80º12’N, 32º27’L
Monumento à Expedição Polar de Andrée
Kvitoya, Svalbard (território da Noruega)
Em 1876, um jovem sueco visitou a Exposição Universal na Filadélfia, marcando o centenário da independência dos Estados Unidos. Esse evento mudou sua vida.
Entre as novidades apresentadas, como o telefone e a máquina de escrever, Salomon August Andrée se encantou pelos balões. Esse fascínio definiu sua trajetória.
O Início de uma Paixão
De volta à Suécia, Andrée trabalhou no escritório de patentes e se dedicou à ciência. Mas seu sonho era explorar o Polo Norte, um dos últimos locais inexplorados do planeta.
Enquanto muitos tentavam chegar ao Polo com barcos e trenós, Andrée queria usar balões. Ele acreditava que poderia ser o primeiro a chegar lá dessa forma.
A Missão
Em 1895, Andrée apresentou seu plano no Congresso Geográfico Internacional em Londres. A recepção foi fria, mas ele estava determinado. Com apoio do rei sueco e patrocínio de Alfred Nobel, ele seguiu em frente.
O balão Örnen partiu de Danskoya em 11 de julho de 1897, com Andrée, Nils Strindberg e Knut Fraenkel a bordo. A viagem começou bem, mas logo surgiram problemas.
O Mistério
Uma semana após a partida, Andrée enviou uma mensagem dizendo que tudo estava bem. Depois disso, silêncio. Expedições foram enviadas para encontrá-los, mas sem sucesso.
Somente em 1930, restos da expedição foram encontrados em Kvitoya. Diários e fotos revelaram o que aconteceu. O balão teve vazamentos e a tripulação enfrentou nevoeiro e gelo. Eles abandonaram a missão e tentaram sobreviver no gelo, mas sucumbiram ao frio e à fome.
O Legado
Andrée foi inicialmente tratado como herói, mas com o tempo sua reputação mudou. Ele se tornou um exemplo de como a determinação pode se transformar em teimosia cega.
Sua história nos lembra de questionar aqueles que têm respostas prontas para tudo. A ciência e a exploração exigem mais do que apenas força de vontade.
O legado de Andrée é uma lição sobre os limites da ambição humana e a importância da preparação e do conhecimento.