Gente, vocês sabiam que a falta de atenção às tradições culturais de São Paulo está apagando nossa história? Isso mesmo! A gente corre o risco de perder festas, rodas de samba, desfiles e cortejos que têm raízes super profundas na nossa cultura.
Destruição de Espaços Históricos
Um exemplo disso é a destruição da quadra do Vai-Vai na Bela Vista para a construção de uma nova linha de metrô. Além disso, a construção do Parque Campo de Marte na Zona Norte ameaça o Grêmio Recreativo Cruz da Esperança, onde rola o Samba do Cruz desde os anos 70. É muito triste ver esses espaços históricos sendo ameaçados, né?
Raízes do Samba Paulista
O samba chegou em São Paulo no final do século 19, vindo do Rio de Janeiro. Aqui, ele se transformou no samba paulista ou samba de bumbo, que nasceu na região do Largo da Banana, na Barra Funda. Esse lugar é um marco zero do samba em São Paulo e um grande reduto de sambistas, junto com o Bixiga.
História das Escolas de Samba
As escolas de samba de São Paulo têm uma história rica que começou com os cordões carnavalescos e o samba de bumbo. Em 1914, Dionísio Barbosa criou o Grupo Carnavalesco da Barra Funda, que se tornou a Camisa Verde e Branco. Ele desafiou o Carnaval da época, que era exclusivo para a elite branca e rica.
Evolução dos Cordões
Nas décadas seguintes, os cordões se espalharam pela cidade. Em 1930, surgiu o cordão Vai-Vai, e em 1937, a Lavapés virou escola de samba. Depois vieram a Nenê de Vila Matilde, em 1949, e a Unidos do Peruche, em 1956. Essas escolas são parte fundamental da nossa cultura!
Os Cardeais do Samba Paulista
Em 1968, no auge da repressão da ditadura militar, seis integrantes de grupos carnavalescos ficaram conhecidos como os Cardeais do Samba Paulista. Eles pressionaram o prefeito Faria Lima por melhorias no Carnaval paulistano. Esses cardeais foram Xangô da Vila Maria, Pé Rachado do Vai-Vai, Madrinha Eunice da Lavapés, Inocêncio Mulata da Camisa Verde e Branco, Nene de Vila Matilde e Carlão do Peruche.
Reconhecimento e Valorização
Muita gente não conhece essa história e, infelizmente, há preconceito contra o samba paulistano. Mas temos que valorizar nossa cultura! Como Secretário da Cultura, tive o orgulho de dar placas de memória paulistana às comunidades do samba contemporâneo. As placas estão no Largo da Banana e em outros marcos carnavalescos da cidade. Também fizemos estátuas da Madrinha Eunice e do mestre sambista Geraldo Filme.
Resistência e Futuro
O samba de São Paulo resiste nas casas, nas escolas de samba, nas rodas espalhadas pela cidade, nos blocos de Carnaval, casas de cultura, bares e praças. Ele resiste com sua história e sob as bênçãos de seus cardeais e lideranças. Faz parte da identidade múltipla e diversa de São Paulo. Vamos valorizar e preservar essa tradição tão rica!