A Polêmica do Dry Martini: Tradição vs. Inovação

Semana passada, no elegante bar Churchill, dentro do magnífico hotel La Mamounia, uma joia marroquina em Marrakech, encostei no balcão para me dedicar a um dos meus passatempos favoritos: pedi um dry martíni.

O Pedido

A reação imediata do bartender foram três perguntas. Gin ou vodca? Batido ou mexido? Azeitonas ou limão?

Detalhe: embora eu tivesse feito meu pedido em francês, e ele tenha respondido no mesmo idioma, ao fazer a segunda pergunta usou as palavras inglesas: shaken or stirred?

Variações e Tradições

Pois é. Não se pode mais pedir uma carne malpassada sem que muitos restaurantes venham relativizar o significado preciso dos pontos da carne. E não se pode mais pedir um drinque tão clássico como o dry martíni sem correr o risco de enfrentar as mais estranhas versões.

Nada contra que se façam variações, ao gosto do cliente. A receita clássica consagrada nos anais da International Bartenders Association (IBA) preconiza uma proporção de seis partes de gim para uma parte de vermute seco (finalizada opcionalmente com limão ou azeitona).

Ok, se um bebedor tem outras preferências, pode simplesmente pedir ao bartender — por exemplo, mais seco (com menos proporção de vermute). Mas deixemos que o cliente exerça sua mania; senão, esperamos que o coquetel seja feito conforme sua história.

Dry martíni do bar The Liquor Store, em São Paulo – Divulgação (750×1)

Influência de James Bond

A popularização do personagem James Bond, criado pelo escritor inglês Ian Fleming, foi uma das responsáveis pela perversão do drinque. O agente 007 costumava (e ainda costuma, agora no cinema) pedi-lo com pelo menos duas violentas transgressões às regras da vetusta IBA. Ele bebe o drink com vodca (

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/josimar-melo/2025/10/08/james-bond-corrompeu-o-martini-ao-pedi-lo-batido-nao-mexido-e-com-vodca.htm

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