Arqueólogos Encontram Evidências de Campanha Assíria em Jerusalém

Gente, olha só essa descoberta incrível! Arqueólogos israelenses encontraram artefatos no bairro Mordot Arnona, em Jerusalém, que comprovam a campanha assíria contra a Terra Santa, como narrado no Segundo Livro de Reis da Bíblia hebraica e cristã. A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou isso em um comunicado à imprensa em 9 de outubro.

Os textos sagrados e relatos históricos do povo que vivia no que hoje é o Iraque contam que os assírios destruíram várias cidades do reino de Judá em 701 a.C. e cercaram a capital. Durante as escavações, os especialistas acharam duas construções administrativas sobrepostas. A mais antiga foi erguida antes da campanha militar assíria, e a segunda foi construída logo após os assírios lutarem contra a rebelião do rei Ezequias.

Essa é a primeira vez que uma escavação arqueológica próxima a Jerusalém encontrou evidências do impacto econômico da invasão do rei assírio Senaqueribe. Até agora, todos os artefatos que provavam a invasão militar haviam sido achados apenas na região de Sefelá, no centro-sul de Israel.

Os diretores da escavação, Neria Sapir, Natan Ben-Ari e Benyamin Storchan, explicaram que descobriram resquícios de um centro administrativo real significativo dos dias do rei Ezequias, e talvez até mesmo do reino de seu pai, o rei Acaz. Esse centro foi destruído até a sua fundação e enterrado sob um enorme amontoado de pedras. As pedras formavam uma plataforma sobre a qual a estrutura seguinte foi erguida, mantendo uma vista dominante de todas as áreas agrícolas do leste do cume de Armon Ha-Natziv-Ramat Rahel.

Os especialistas interpretam essas mudanças como uma declaração do governo imperial assírio, com a intenção de passar uma mensagem política e diplomática para a região ao redor e deixar claro ‘quem está no comando’. Como os assírios ainda estavam interessados na produção agrícola e nos impostos que Judá poderia fornecer, permitiram a existência de uma administração judaíta independente, mas intensificaram suas exigências econômicas.

Naquela época, a atividade administrativa de Judá incluía a concentração e o gerenciamento das colheitas de produtores da região, usadas para pagar impostos ao reino. A produção era transportada e armazenada em enormes jarros de cerâmica. Na área onde hoje está Mordot Arnona, acredita-se que eram produzidos vinho e azeites.

Além dos restos dos prédios da administração, os arqueólogos encontraram cerca de 180 impressões de selos reais do reino de Judá do século 8 a.C. em alças de jarros, com inscrições em hebraico que apontam seu conteúdo como ‘pertencentes ao rei’. 17 das alças ainda indicam posses de outros indivíduos, como Menachem Yubna, Pegach Tavra e Tzophen Azaryahu.

O professor Oded Lipschits, da Universidade de Tel Aviv, acredita que os selos particulares podem ter pertencido a um sistema administrativo que durou pouco antes da chegada dos militares de Senaqueribe. Ele sugere que pode ter sido parte das preparações lideradas por Ezequias para se rebelar contra a Assíria.

Do início do século 7 a.C. em diante, as impressões mudam de design, indicando o retorno da cobrança de impostos dos assírios após a invasão comandada por Senaqueribe.

O rabino Amichai Eliyahu, ministro do Patrimônio de Israel, comentou que é emocionante encontrar mensagens de altos oficiais da administração judaíta de cerca de 2.700 anos atrás. Ele destacou que a descoberta conta a história de milênios do povo judeu, que sempre soube como se recompor, reconstruir e prosperar.

Os selos achados serão colocados em exposição ao público pela primeira vez no Campus Nacional para Arqueologia de Israel Jay e Jeanie Schottenstein.

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