Atum Bluefin é Arrematado por R$ 8 Milhões em Leilão no Japão

Gente, olha que babado! Um atum bluefin, também conhecido como atum-azul ou atum-rabilho, foi vendido por 207 milhões de ienes, cerca de R$ 8 milhões, no primeiro leilão do ano no Mercado Toyosu de Tóquio, Japão. Isso aconteceu no domingo, dia 5 de janeiro.

O atum vendido tinha 275,7 kg, o peso médio de um urso-pardo macho, e era do tamanho de uma moto. “Estava tão gordo quanto uma vaca”, disse Masahiro Takeuchi, de 73 anos, que conseguiu pescar essa preciosidade, à Kyodo News.

Cabeça do bluefin leiloado no Toyosu Market, em Tóquio, no último dia 5 de janeiro de 2025Cabeça do bluefin leiloado no Toyosu Market, em Tóquio, no último dia 5 de janeiro de 2025 – Kyodo/via REUTERS (750×1)

De acordo com a Kyodo, Masahiro pescou o atum um dia antes da venda na costa de Oma, em Aomori, no norte do Japão, conhecida como a cidade de atum mais famosa do país. A pesca é super tradicional, feita com varas e linhas, sem redes comerciais como em outros lugares do mundo.

O peixe foi comprado pelo Onodera Group, responsável pela rede Sushi Ginza Onodera, que é premiada pelo Guia Michelin. “O primeiro atum do ano traz boa sorte. Queremos fazer as pessoas sorrirem com comida”, contou Shinji Nagao, presidente do Sushi Onodera, que tem unidades em Tóquio e Los Angeles.

A empresa transformou os leilões em uma tradição. É o quinto ano consecutivo que o grupo paga o maior preço. Em 2024, eles desembolsaram mais de 114,2 milhões de ienes, equivalente a US$ 720 mil (R$ 4,4 milhões) por um atum da mesma espécie.

Mas já teve venda mais cara. Em 2019, um bluefin de 278 kg foi vendido por um recorde de US$ 3,1 milhões (quase R$ 19 milhões), marcando o maior valor já registrado desde o início dos leilões do Mercado Toyosu, em 1999.

Filé do bluefin leiloado no Toyosu Market, em Tóquio, no último dia 5 de janeiro de 2025Filé do bluefin leiloado no Toyosu Market, em Tóquio, no último dia 5 de janeiro de 2025 – Kyodo/via REUTERS (750×1)

Bluefin pode ser ainda maior

Considerada nobre, a espécie, conhecida como wagyu dos mares, pode chegar a medir 3 metros de comprimento e pesar 600 quilos. Carnívora, ela se alimenta de peixes menores e moluscos como lulas, tudo em grandes quantidades.

As águas frias do Pacífico e a alimentação do peixe o tornam super atrativo. Essa superalimentação garante o alto teor de gordura que os chefs e sushimen amam. Boa parte dela se acumula na barriga, onde a carne, de tão marmorizada, é cor-de-rosa bem claro. No restante do corpo, atinge um vermelho intenso.

É uma espécie que passa boa parte do ano em águas frias e profundas, mas o comportamento muda na primavera do Hemisfério Norte, entre maio e junho, quando os animais procuram a temperatura amena do Mar Mediterrâneo para se reproduzir. Nessa curta janela de tempo, acontece a temporada de captura.

No Brasil, é comum encontrar um único sashimi de atum bluefin por R$ 60. Os que chegam aos restaurantes brasileiros vêm de fazendas espanholas, instaladas no Mar Mediterrâneo. Os peixes são encomendados e demoram até três dias para chegarem frescos aos aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro.

* Com informações de reportagem publicada em 21/11/2024

Dá uma olhada aqui também

Você pode gostar