Aventura de Ciclismo pelo Vale do Loire: Uma Experiência Inesquecível

Quando minha amiga Catherine, que nunca foi muito fã de bicicleta, me convidou para uma viagem de bike pelo Vale do Loire, eu aceitei na hora! Já pedalo em São Paulo há anos, muito antes das ciclofaixas e ciclovias, e já fiz várias trilhas e cicloviagens.

Hoje em dia, pedalo menos, mas me preparei para essa aventura na França. A ideia era curtir a primavera francesa, mas fomos surpreendidas por um frio de 12ºC quando saímos de Blois rumo a Cheverny, um trajeto de cerca de 43 km.

Primeiros Desafios e Facilidades

Nosso roteiro incluía quatro dias pelo Vale do Loire, famoso pelos castelos. Compramos um pacote que fornecia bicicletas, acessórios, roteiro e transporte de bagagens de um hotel para outro. Nossa primeira tarefa foi pegar e testar as bicicletas.

Catherine escolheu uma bicicleta elétrica, que dá uma forcinha na pedalada. Eu preferi um modelo masculino, mas acabei com uma bicicleta feminina, simples e pesada. Catherine adorou a dela, e a bike elétrica se mostrou uma ótima escolha, especialmente nas subidas.

Encontramos muitos ciclistas idosos na região, graças à facilidade das bicicletas elétricas e ao terreno plano. Além disso, nossa bagagem era transportada de hotel para hotel, o que facilitava bastante.

Já fiz outras cicloviagens, mas essa era a primeira vez com alguém que não estava acostumada a pedalar. Será que daríamos conta? Chegamos em Blois um dia antes do pedal e fizemos um passeio rápido, mas o castelo já estava fechado para visitação.

Tivemos dificuldades com o mapa e o aplicativo, e a internet não ajudava. Mas, em viagens autoguiadas, é assim mesmo. Logo nos primeiros 10 km, o pneu da bike da Catherine furou. A empresa demorou uma hora para chegar e trocar a bicicleta, mas seguimos em frente.

Chegamos ao castelo de Chambord, nossa única parada do dia, e ainda passamos por uma chocolateria, mas não tivemos tempo de parar.

Explorando Castelos e Cenários Deslumbrantes

No dia seguinte, visitamos o castelo de Cheverny, conhecido como o castelo do Tintin. O jardim é encantador, com belas esculturas de Gudmar Olovson.

Seguimos pedalando por trilhas calmas e silenciosas, cruzando com outros ciclistas e pedestres. Chegamos a Chaumont-sur-Loire, uma cidade voltada ao rio, e subimos até o castelo, famoso por seus jardins e festivais de paisagismo.

Nosso hotel ficava à beira do Loire, e jantamos crepes antes de ver o pôr-do-sol às 22h.

Na Casa de Da Vinci

O terceiro dia foi tranquilo, com apenas 20 km de pedalada. Visitamos o castelo Clos Lucé, última residência de Leonardo da Vinci, com reproduções de seu quarto, atelier e maquetes de suas invenções.

Depois, fomos ao castelo de Amboise, que hoje tem apenas 20% do que foi um dia, mas ainda impressiona com seus estilos gótico e renascentista.

O Castelo Mais Diferente

No último dia, visitamos o castelo de Chenonceau, que atravessa o rio Cher. A galeria de 60 metros de comprimento com 18 janelas voltadas para o rio é impressionante.

Voltamos por um caminho de terra, que me lembrou das trilhas que tanto amo. Catherine ficou tensa com o terreno irregular, mas logo o caminho voltou a ficar tranquilo.

Chegamos em Amboise com 22ºC, e a primavera finalmente deu as caras. Foi uma viagem incrível, cheia de desafios e belezas inesquecíveis.

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