Barra Funda é Eleita o Terceiro Bairro Mais Descolado do Mundo

Gente, olha que demais! A Barra Funda foi eleita o terceiro bairro mais ‘cool’ do mundo pela revista internacional de turismo Time Out. 🏆✨

Como foi a votação?

A votação foi feita por uma rede global de editores, jornalistas e colaboradores da publicação, espalhados por diversas grandes cidades pelo mundo. No ranking, a Barra Funda ficou atrás apenas de Jimbocho, em Tóquio (Japão), e Borgerhout, na Antuérpia (Bélgica). Outro bairro brasileiro que apareceu na lista foi Botafogo, no Rio de Janeiro, em 29º lugar.

Por que a Barra Funda é tão legal?

A Time Out descreveu a Barra Funda como a ‘alma alternativa de São Paulo’, onde ‘o passado industrial encontra uma vibe criativa e inegavelmente descolada’. O bairro é cheio de contrastes: uma mesma quadra pode ter uma casa noturna badalada, trilhos de trem, antigos galpões transformados em galerias de arte e cafés que antes eram oficinas mecânicas. É um mix super interessante!

Casa das Caldeiras, uma das fábricas dos entornos da Barra Funda e da Água Branca que hoje são casas noturnas e espaços de eventosCasa das Caldeiras, uma das fábricas dos entornos da Barra Funda e da Água Branca que hoje são casas noturnas e espaços de eventos – Divulgação (750×1)

Paradas obrigatórias

A revista ainda fez uma lista de lugares que você não pode deixar de visitar na Barra Funda:

Restaurantes, bares e cafés:

  • A Baianeira
  • Sururu
  • Caracol
  • Mescla
  • Komah
  • Ronin
  • Água e Biscoito
  • Mamãe Bar

Galerias e lojas:

  • Verniz
  • Mendes Wood DM

História da Barra Funda

A Barra Funda surgiu por volta da metade do século 19, em uma área que pertencia à Chácara do Carvalho. Esta propriedade era uma divisão da antiga fazenda do Barão do Iguape e se espalhava por pontos como a praça Marechal Deodoro e as ruas Brigadeiro Galvão, Barra Funda e Vitorino Carmilo.

O nome do bairro tem algumas teorias: uma diz que ‘Barra Funda’ vem do italiano ‘Barafonda’, que significaria um lugar de bastante confusão. Outra teoria é que o nome se refere à proximidade do terreno com o rio Tietê e o alagamento provocado pela retirada de areia de suas margens.

Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, funcionando como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20. O fluxo comercial trouxe trabalhadores, principalmente imigrantes italianos, que se fixaram na região.

Avenida Água Branca em 1920: É a atual Avenida Francisco Matarazzo, na Barra FundaAvenida Água Branca em 1920: É a atual Avenida Francisco Matarazzo, na Barra Funda – Domínio Público (750×1)

No início do século 20, o transporte foi ampliado para incluir passageiros, com o primeiro bonde elétrico ligando a região ao Largo São Bento a partir de 1902. A população negra também começou a se juntar aos italianos que já ocupavam suas ruas.

A proximidade com as Fábricas Matarazzo e os bairros de Higienópolis e Campos Elíseos atraiu a elite industrial para a porção sul da Barra Funda. Esse encontro de diferentes realidades inspirou modernistas como Antônio de Alcântara Machado e Mário de Andrade.

A antiga casa de Mário de Andrade na Barra FundaA antiga casa de Mário de Andrade na Barra Funda – OS2Warp/Creative Commons (750×1)

Com a Crise de 29, as indústrias fecharam e os casarões foram abandonados, tornando-se cortiços. Restaram oficinas mecânicas, serrarias e marcenarias, além de indústrias de pequeno porte e marcos como o Estádio Palestra Itália (hoje Allianz Parque).

Galpões desocupados se tornaram ponto de encontro e berço do samba paulista, evoluindo para a formação dos primeiros grupos e escolas carnavalescas, como a Camisa Verde e Branco. Nos anos 70, os nordestinos também começaram a chegar e colaborar para a formação cultural.

O Memorial da América Latina é um centro cultural, político e de lazer, inaugurado em 18 de março de 1989 na cidade de São PauloO Memorial da América Latina é um centro cultural, político e de lazer, inaugurado em 18 de março de 1989 na cidade de São Paulo – Marcelo Camargo/Agência Brasil (750×1)

Nas décadas seguintes, a Barra Funda voltou a crescer graças à sua efervescência cultural, com o Memorial da América Latina projetado por Oscar Niemeyer. Antigas indústrias foram convertidas em casas noturnas, restaurantes, bares e outras opções de entretenimento, aproveitando os espaços amplos e a facilidade de acesso proporcionada pelo Terminal Rodoviário da Barra Funda e estações de metrô.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/09/27/barra-funda-3-bairro-mais-legal-do-mundo-foi-polo-industrial-e-cultural.htm

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