Vamos falar de vinho? A carménère, uma uva originária de Bordeaux, encontrou seu lar no Chile e tem feito um certo sucesso no Brasil. Mas, como tudo na vida, ela tem seus fãs e seus críticos.
O Desafio da Carménère
O problema com a carménère é que, em muitos lugares, ela não amadurece bem. Isso resulta em um aroma que lembra pimentões verdes e folhas. Esses são os chamados aromas verdes, ou pirazinas, que nem todo mundo curte.
Opinião de Especialista
No Vamos de Vinho desta semana, o enólogo Marcelo Retamal, super respeitado no meio, admite que a carménère é uma uva difícil. Ela precisa de condições muito específicas para se desenvolver bem, como em Peumo, no Valle del Cachapoal. Mas ele também levanta uma questão interessante: será que o problema não está na formação do degustador?
Te ensinam que verde é ruim. E a degustação (profissional) sempre procura buscar o defeito. Então você cheira, é verde, é ruim. Mas você gosta do cabernet franc de Chinon? É verde também, diz Retamal.
Marcelo Retamal – Arquivo pessoal (750×1)Curiosidade
Interessante é que Retamal não tem carménère em suas marcas, Reta e Viñedos de Alcohuaz. Isso mostra que ele é bem imparcial ao falar sobre a variedade.
Sobre o Videocast
O Vamos de Vinho, apresentado pelos jornalistas Rodrigo Barradas e Vinícius Mesquita, vai ao ar toda sexta-feira. Você pode assistir no Nossa, tanto no UOL quanto no YouTube. Ou, se preferir, pode escutar no seu tocador de áudio favorito.
Para assistir ao trecho em que Retamal fala sobre a carménère, veja o vídeo acima. Para a entrevista completa, vá ao vídeo no fim da página.