Como Ajudar Seu Cão a Lidar com Medo de Sons Altos

Fogos de artifício, trovões, sirenes. Esses sons causam medo imediato em muitos cães. Não é uma questão de “dor nos ouvidos”, como muitos pensam, mas sim uma resposta ancestral a um estímulo que o cérebro interpreta como ameaça.

Por que os cães reagem assim?

Na natureza, sons intensos e repentinos geralmente indicam perigo real, como a aproximação de predadores ou desastres climáticos. O organismo do cão reage automaticamente, aumentando os batimentos cardíacos, liberando adrenalina e acionando o impulso de fugir.

Em ambientes urbanos ou dentro de casa, o animal não tem para onde ir. Isso pode causar pânico e até tentativas de fuga.

Sensibilidade auditiva dos cães

Os cães detectam frequências mais altas que os humanos. Enquanto nosso ouvido capta sons até cerca de 20.000 Hz, os cães chegam a ouvir até 65.000 Hz. Sons como apitos de treinamento ou o movimento de pequenos animais são claramente audíveis para eles, devido ao passado de caçadores.

Mas nem todo som é captado com maior intensidade. Barulhos graves, como motores ou trovões, são melhor percebidos por humanos. A diferença está na frequência e na forma como o cérebro canino interpreta essa informação.

Ruídos de fogos, explosões ou batidas combinam frequência aguda, volume alto e vibração intensa, criando uma experiência confusa e desorientadora para o animal, especialmente quando ele não vê de onde vem o som.

Impacto na saúde dos cães

A fobia a sons pode afetar seriamente o bem-estar do animal. Cães assustados podem se esconder em lugares apertados, tentar fugir, se machucar ou desenvolver distúrbios comportamentais.

O estresse constante afeta o sistema imunológico, deixando o pet mais vulnerável a doenças.

Como ajudar seu cão?

A prevenção é o melhor caminho. Durante a fase de socialização, até os 3 meses de idade, é possível acostumar o filhote a sons variados, associados a experiências agradáveis. Essa técnica é chamada de dessensibilização sonora.

Cães adultos com sensibilidade já instalada podem se beneficiar de acompanhamento profissional. Protocolos de modificação comportamental, uso de feromônios sintéticos e até medicamentos ansiolíticos, sempre com orientação veterinária, fazem parte do tratamento em casos graves.

Criar um ambiente seguro, oferecer distrações positivas (como brinquedos recheáveis ou petiscos) e manter a calma também ajudam. Os cães são ótimos leitores de nossas emoções e, se o tutor entrar em pânico, ele provavelmente fará o mesmo.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/06/17/por-que-alguns-sons-sao-tao-perturbadores-para-os-caes-entenda-os-riscos.htm

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