Você já percebeu seu cachorro quieto demais ou seu gato escondido debaixo da cama e ficou na dúvida se é só preguiça ou se algo está errado? Essa dúvida é super comum. Afinal, cães e gatos não falam a nossa língua, mas comunicam desconforto por meio de gestos, expressões e hábitos sutis.
Sinais de Sofrimento em Cães
Nos cães, a dor costuma se manifestar por mudanças corporais e comportamentais visíveis. Eles podem andar mais devagar, tropeçar nas escadas ou relutar em correr e pular. A postura arqueada, a lambida insistente em uma área específica do corpo e o isolamento repentino também indicam que algo não vai bem.
Em alguns casos, o sofrimento aparece de forma oposta: com agressividade repentina, choros sem motivo aparente ou recusa de contato. Alterações no apetite, como mastigar de um só lado ou rejeitar completamente a ração, também devem ser observadas.
Vale lembrar que cada animal reage de forma diferente. Cães idosos e de raças grandes, por exemplo, tendem a disfarçar melhor o desconforto, enquanto os de raças pequenas ou de companhia expressam mais facilmente por meio de vocalizações e inquietação.
Quando os Gatos Sofrem
Nos gatos, o cenário é ainda mais desafiador. Felinos raramente demonstram dor de forma explícita. Na natureza, esconder fraquezas é uma estratégia de sobrevivência, e mesmo domesticados eles mantêm esse instinto.
Assim, quando um gato passa horas escondido, evita saltar para locais altos ou lambe compulsivamente uma área do corpo, pode estar sofrendo em silêncio. A pelagem também é um termômetro importante: fios arrepiados, sem brilho ou com falhas indicam que ele deixou de se lamber, um dos primeiros sinais de que algo não está bem.
Nem Todo Comportamento é Dor
É importante, no entanto, saber diferenciar desconforto real de comportamentos comuns. Bocejar demais, lamber o focinho ou se espreguiçar com frequência nem sempre indicam sofrimento. Podem ser apenas sinais de relaxamento ou tédio.
Tremores leves podem ocorrer por frio ou medo, e a recusa alimentar temporária pode estar ligada a mudanças no ambiente ou estresse, não necessariamente à dor física. Já um cão ofegante pode estar apenas com calor ou sobrepeso, enquanto gatos que passam mais tempo dormindo podem estar ajustando o ciclo de sono natural.
Observar o contexto e o padrão de comportamento é essencial: mudanças pequenas, mas persistentes, costumam dizer mais do que sintomas isolados.
O Que Fazer
Ao identificar alterações de rotina ou sinais de desconforto, a orientação é sempre procurar um veterinário. Lembre-se que a automedicação é perigosa. Além disso, medicamentos humanos podem ser tóxicos e até fatais para cães e gatos. O tratamento correto depende do diagnóstico, que deve considerar tanto causas físicas quanto emocionais.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/10/15/preguica-ou-sinal-de-dor-como-saber-se-o-seu-pet-esta-sofrendo.htm
