Viajar para o exterior pode ser uma experiência incrível, mas envolve alguns cuidados para evitar perrengues longe de casa e em outro idioma. Um dos pontos mais importantes, além de ter todos os documentos em dia, é levar uma boa ‘farmacinha’ para emergências de saúde. No entanto, nem tudo que é liberado no Brasil é permitido no seu destino.
Medicamentos de uso contínuo, como pílulas anticoncepcionais, insulina e medicações para o coração, devem estar na bagagem de mão ou item pessoal para fácil acesso. É essencial ter a receita para essas substâncias, pois são imprescindíveis para o seu bem-estar. Mas lembre-se de calcular as quantidades para atender às suas necessidades de viagem sem exageros, para não levantar suspeitas das autoridades aduaneiras.
Quais remédios podem ‘encrencar’ a viagem?
No geral, anfetaminas, hormônios, narcóticos, opioides, psicotrópicos e sedativos são substâncias proibidas ou reguladas em diversos países. Bombinhas para asmáticos também não são liberadas em todos os destinos. A melhor estratégia é checar o site do órgão regulatório do seu país de destino, pedir informações à companhia aérea ou Embaixada local sobre quais medicações são permitidas.
Em 2022, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB) divulgou uma lista de regulamentações de viagem sobre remédios que contenham substâncias controladas. A relação não é completa, mas foi atualizada em julho de 2024 e pode ajudar a orientá-lo na hora de fazer a mala.
Se não tomar essas precauções, o turista corre o risco de ter sua medicação apreendida, ser detido temporariamente, deportado de volta ao país e, em casos mais graves, preso e enquadrado em legislações de tráfico de drogas.
‘Proibidões’
Dipirona: Analgésico e antitérmico popular no Brasil, é proibido nos EUA, Japão, Austrália e em alguns países da Europa devido a riscos de efeitos adversos.
Lisdexanfetamina: Usada para tratar TDAH, é controlada no Japão. O viajante deve preencher um formulário para obter autorização legal antes da chegada.
Metilfenidato (Ritalina®): Ilegal na Rússia e controlado nos Emirados Árabes Unidos, onde a entrada só é liberada após candidatura prévia.
Diazepam (Valium®): Controlado nos Emirados Árabes Unidos, só é liberado após candidatura prévia.
Alprazolam (Frontal®, Xanax®): Proibido no Egito e controlado no Canadá, onde só é permitido um suprimento para até 90 dias.
Mytedom: Analgésico semelhante à morfina, é considerado crime inafiançável na Rússia.
Sibutramina: Utilizada no Brasil para tratamento de obesidade, é vetada nos EUA.
Nimesulida: Anti-inflamatório popular no Brasil, é proibido em vários países, incluindo EUA, Japão e Canadá.
Pseudoefedrina: Popular em descongestionantes nasais, teve seu acesso restrito nos EUA e é controlada em países como México e Austrália.
Ranitidina: Banida nos EUA em 2020, pode ser confiscada na chegada ao país.
Tramadol (Tramal®): Proibido no Egito, onde uma britânica foi condenada a três anos de prisão por desembarcar com o analgésico.
Clonazepam (Rivotril®): Usado para tratar convulsões e distúrbios de movimento, é controlado em países como o Japão.