Eleonor Courter, conhecida como Gay Courter, é uma escritora americana que adora criar romances sobre o mar. Seus livros variam de suspense marítimo a histórias sobre cruzeiros durante a pandemia.
Biografia e Aventura
Agora, ela está prestes a lançar sua própria biografia, mantendo o tema marítimo que tanto ama. Mas essa história real parece saída de um livro: Gay Courter está envolvida na receptação e tentativa de venda de barras de ouro extraídas ilegalmente de um naufrágio histórico do século 18.
O Caso
Gay Courter será julgada na França por esses crimes e, se condenada, poderá ir para a prisão, mesmo aos 80 anos. Ela alega inocência.
História Intrincada
Essa história começou há 50 anos, quando o fotógrafo e mergulhador francês Yves Gladu encontrou os restos do veleiro francês Le Prince de Conty e retirou barras de ouro sem informar ao governo francês. Gladu vendeu a maior parte do ouro a um milionário suíço, mas reservou algumas barras para vender em outros países.
Para isso, ele contou com a ajuda de seu cunhado, Gérard Pesty, que vendeu três barras ao Museu Britânico. Gérard recorreu à sua esposa, Annette May Pesty, para penetrar no mercado americano através de uma amiga, Gay Courter.
Envolvimento de Gay Courter
Gay Courter e seu marido, Philip Courter, tentaram vender cinco barras de ouro em um leilão na Califórnia em 2018. Isso chamou a atenção do Departamento de Arqueologia Subaquática da França, que já rastreava as conexões de Gladu.
As autoridades americanas confiscaram as barras antes do leilão e as devolveram à França.
Prisão na Inglaterra
Em 2022, Gladu foi preso na França por saque de artefatos históricos. No mesmo ano, Gay e Philip Courter foram detidos na Inglaterra com 23 barras de ouro, mas foram soltos após pagamento de fiança.
Agora, ambos podem voltar à prisão, juntamente com Annette May Pesty, porque um promotor francês pediu a prisão de todos os envolvidos no saque ao Le Prince de Conty.
Origem do Ouro
O Le Prince de Conty era um veleiro mercante da Companhia Francesa das Índias Orientais, que afundou na costa da Bretanha em 1746. Em 1974, ele foi encontrado e saqueado, iniciando uma novela que se arrasta até hoje.
Alegam Inocência
Gay e Philip Courter alegam inocência e dizem que apenas aceitaram guardar algumas barras de ouro para Annette May Pesty, sem saber no que estavam se metendo. Gladu nega ter pedido qualquer coisa aos Courter.
Condenada ou não, Gay Courter já tem um bom enredo para seu próximo livro.
Outro Caso Polêmico
Casos de ouro extraído de naufrágios são mais comuns do que se imagina. Em 2016, a empresa inglesa Advanced Marine desistiu de uma operação nos escombros do cargueiro alemão SS Minden, levantando suspeitas de que já tinham encontrado o ouro sem revelar a ninguém.
Esse ouro, estimado em quatro toneladas, teria saído do Brasil para financiar operações nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/historias-do-mar/2025/08/12/escritora-de-80-anos-pode-ser-presa-por-vender-ouro-de-navio-afundado.htm