Foie Gras Sustentável: A Nova Tendência na França

Gente, olha que interessante! Marcel Metzler, um produtor de foie gras há 40 anos, teve um insight super fofo do neto de quatro anos que pediu para ele não fazer mal aos gansos. Desde então, ele está experimentando uma alternativa à alimentação forçada. 🌱

Metzler, de 71 anos, encontrou uma maneira de fazer os gansos engordarem naturalmente, sem usar o tubo para forçar a alimentação. Ele se baseou na tendência natural dos gansos de se alimentarem em excesso antes das migrações. “Demos a eles comida normal e gradualmente os acostumamos a muitas outras coisas”, explica Metzler.

Perto de sua fazenda em Gueberschwihr, no Alto Reno, um bando de gansos passeia com o estômago cheio. Eles aprenderam a se alimentar sozinhos e comem de seis a sete vezes ao dia frutas, milho com mel, pães de gengibre e até mesmo spaetzles (bolos alsacianos com ovos). 🍇🌽

No norte da Alsácia, Aline Meyer, de 37 anos, também está nessa vibe. Filha de agricultores, ela assumiu a fazenda da família há dois anos e não queria continuar com a prática cruel de engorda forçada. Depois de algumas tentativas, Aline conseguiu produzir o que ela chamou de “fígado dourado” pela primeira vez este ano. Ela provou junto com o foie gras tradicional e diz que “metade das pessoas confunde os dois”.

Ela descreve o “fígado dourado” como “ligeiramente mais escuro, pois é menos gorduroso”, com uma “textura generosa e cremosa, realmente como deveria ser”. Um cliente suíço comprou os primeiros quilos comercializados este ano, um volume ainda modesto. “Não obtivemos quantidade, mas sim, sabor. É a primeira vitória”, destaca Aline. 🥂

O preço, no entanto, ainda é “muito mais caro” que o foie gras tradicional porque é mais difícil de fazer. Seu objetivo é “chegar a US$ 210 por quilo em alguns anos” e produzir unicamente “fígado de ouro”.

Marcel Metzler comercializou este ano entre 5 e 6 quilos de “fígado de ganso naturalmente bem alimentado”. Ele nem pôde usar a denominação de foie gras, que segundo o código rural é “o fígado de um pato ou ganso alimentado de maneira forçada”. Metzler defende que essa denominação inclua também os fígados concebidos sem alimentação forçada, assegurando que a “demanda existe”.

Os experimentos de Aline e Metzler “têm o mérito de demonstrar a engorda natural do fígado em gansos que são alimentados em abundância”, admite Marie Pierre Pé, diretora da Cifog. “Não sabemos como construir uma indústria com base nisso”, lamenta, apontando para os custos de produção “exorbitantes” e o “sucesso incerto” desses experimentos para obter um fígado regulamentar, “ou seja, um peso mínimo de 400 gramas para ganso e 300 gramas para pato”.

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