Gatos Abandonados na Barra Funda: Uma Situação Alarmante

Gente, olha que situação triste! Moradores de uma vila na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, se mudaram e deixaram para trás mais de 20 gatos, incluindo adultos não castrados, filhotes e gatas prenhas. 😿

O terreno foi vendido e as casas demolidas, deixando os gatos sem abrigo, passando fome e se reproduzindo no meio do lixo. E o pior, muitos podem morrer com as próximas demolições.

Abandonar animais é crime, considerado maus-tratos, com pena de multa e até 5 anos de prisão se resultar em sofrimento extremo e morte dos bichinhos.

Ao lado do terreno, tem uma sucata onde muitos gatos buscam abrigo e dão cria, mas é super perigoso porque o local trabalha com caçambas cheias de ferro velho e tratores o dia todo. Muitos gatinhos já perderam a vida ali, inclusive ninhadas inteiras.

Terreno na Barra Funda, em São Paulo – Patas Ao Alto (750×1)

O prédio da sucata também foi comprado e será demolido, e os proprietários não sabem o que fazer com tantos gatos no local.

Desesperados, moradores da região estão tentando ajudar com ração, resgate, castração, testes de doenças felinas e doações, tudo do próprio bolso. Não há um lugar seguro para abrigar todos e tratar os animais como precisam, de forma urgente, como relata Ana Frederico, 32 anos, uma das voluntárias.

Os animais correm risco de morte, inclusive as grávidas, que perdem as crias no meio do entulho. Cada animal que está lá precisa ser tratado, castrado e colocado para adoção. Não temos apoio, nem do setor público, mas é urgente tirá-los de lá e tratá-los. Não adianta só levar para o Centro de Zoonoses, eles precisam de ajuda, de hospital e exames, reforça Ana.

700 gatos em um ano

De acordo com a veterinária especialista em felinos Letícia Penteado Gaspar, uma colônia dessas pode multiplicar o número de animais e doenças, causando muito sofrimento.

Pensando que cada fêmea dê 4 ninhadas por ano, e considerando que cada filhote também inicie o ciclo reprodutivo com 5 ou 6 meses, uma colônia de 20 gatos pode crescer para até 700 animais em apenas um ano, explica Letícia.

Ela reforça que cada macho não castrado pode fecundar outras fêmeas fora da colônia, aumentando ainda mais o número de animais e ninhadas abandonadas, além das doenças que se espalham.

Letícia lembra que no Brasil há grande incidência de doenças como FIV (vírus da imunodeficiência felina) e FeLV (leucemia felina), ambas gravíssimas e infecciosas, além da rinotraqueíte, que se dissemina rapidamente, causando muito sofrimento.

Ela adverte sobre a urgência nos resgates, conscientização da castração e posse responsável, com tutores que mantenham os gatos sem acesso à rua. Como na colônia é difícil ter tratamento, esses animais podem sofrer muito se as doenças se espalham, e pets que têm acesso à rua também podem se contaminar, avisa a veterinária.

Para resolver o problema, é preciso castrar machos e fêmeas, independentemente de estarem na colônia. E jamais criar pets com acesso à rua, onde o gato está exposto a doenças, atropelamentos e maus-tratos.

Em conversa com Nossa, a Prefeitura de São Paulo não respondeu sobre algum plano de ajuda aos animais abandonados. De acordo com os funcionários da sucata, após o contato da reportagem, os fiscais visitaram o local. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que ainda aguarda a informação da área técnica.

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