Gente, olha só essa notícia! O Ministério da Justiça da Groenlândia decidiu hoje de manhã negar o pedido de extradição feito pelo Japão do ativista ambiental canadense Paul Watson. Ele é super conhecido por defender as baleias e estava preso em Nuuk há cinco meses, esperando uma decisão.
A justificativa foi que o Japão não informou se o tempo que Watson já passou na prisão na Groenlândia seria descontado da pena que ele teria lá. Mas, vamos combinar, isso parece mais uma desculpa para negar a extradição, né? Afinal, a prisão dele sempre foi bem questionável.
Paul Watson, de 76 anos, fundou entidades como o Greenpeace e a Sea Shepherd, e atualmente lidera a Paul Watson Foundation. Ele foi preso em julho deste ano, assim que seu barco chegou ao porto de Nuuk para reabastecer, a caminho do Pacífico Norte, onde monitoraria a captura de baleias pelo Japão.
A polícia dinamarquesa prendeu Watson com base em um pedido de prisão da Interpol de 2012, a pedido do Japão, mas que tinha sido retirado no final do ano passado. Watson achou que sua prisão tinha sido revogada, mas o Japão fez um novo pedido específico à Dinamarca, sabendo que ele teria que parar na Groenlândia.
Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil, chamou isso de emboscada. Ela criticou a inclusão de Watson na lista de procurados, dizendo que o verdadeiro crime é o Japão continuar caçando baleias, desrespeitando tratados internacionais.
Watson foi preso por um suposto ataque de protesto contra um barco baleeiro japonês em 2012, onde dois tripulantes se feriram. Mas um vídeo mostrou que eles se machucaram ao manusear mal um dispositivo. Os advogados de Watson tentaram provar isso na justiça da Groenlândia, mas nem precisou, porque o pedido de extradição foi negado e Watson foi libertado.
Ao saber da decisão, Watson ficou surpreso, mas comemorou timidamente, dizendo que sua prisão deu visibilidade à causa e expôs os crimes do Japão. Ele afirmou que, se for para salvar as baleias e ajudar o planeta, sempre valerá a pena.
Watson é um ativista controverso, já foi preso em vários países, mas também recebeu muitos prêmios, como o Prêmio Júlio Verne e foi incluído no Hall da Fama dos Direitos dos Animais. Nathalie Gil o considera um exemplo de dedicação à causa das baleias.
Por trás de tudo isso, está o interesse do Japão em continuar caçando baleias. Este ano, eles lançaram o maior navio baleeiro já construído, o Kangei Maru, que pode capturar baleias maiores. Ambientalistas temem que ele seja levado para a Antártica, um santuário protegido.
Paul Watson estava indo para o Pacífico Norte para monitorar o novo baleeiro japonês quando foi preso. O objetivo era evitar que ele capturasse mais baleias, como fez na sua expedição inaugural, onde capturou 15 baleias.