Navio Cargueiro Português em Meio a Polêmica Internacional

Desde a semana passada, o governo de Portugal está lidando com um problemão – e ainda não encontrou uma solução.

O navio cargueiro MV Kathrin, que pertence a um armador alemão mas navega com bandeira portuguesa, está sendo sistematicamente impedido de atracar em portos do Adriático e Mediterrâneo. A suspeita é que ele esteja transportando explosivos super perigosos destinados a Israel, que seriam usados em territórios palestinos na guerra contra o Hamas.

Organizações de direitos humanos estão à frente desse movimento, alegando que o navio carrega oito contêineres de um explosivo chamado RDX, ou Hexogeno, que tem um poder destrutivo altíssimo e foi encomendado pelo governo israelense.

Segundo a Anistia Internacional, isso fere a legislação do direito internacional que proíbe a transferência de armas para partes envolvidas em conflitos armados quando há risco de matanças em massa e crimes de guerra, como as entidades estimam que possa acontecer nos territórios palestinos atacados por Israel.

Com isso, essas organizações estão pressionando o governo português a cassar o registro do navio, para que ele não possa atracar em porto algum, impedindo assim que os explosivos cheguem a Israel.

Até agora, o MV Kathrin já foi proibido de atracar na Namíbia, em Montenegro (seu destino original), Eslovênia, Croácia e agora também na ilha de Malta. O armador alega que o navio precisa parar em algum porto para repor suprimentos e trocar a tripulação.

Na última tentativa, os ativistas do grupo humanitário Moviment Graffitti pressionaram o governo maltês, afirmando que, se permitisse a parada do navio, o país seria responsabilizado por um eventual genocídio contra a população civil da Palestina. E a autorização foi negada.

O MV Kathrin está sendo monitorado pela Anistia Internacional desde que partiu do porto de Hai Phong, no Vietnã, no final de julho, com os contêineres de explosivos encomendados pelo governo israelense.

Apelidado pela imprensa portuguesa de

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