Você já se perguntou se prefere o Caso ou o Romance? Iria num Boteco Por Amor? E pediria pra alguém te encontrar no Raio que o Parta? Essas perguntas parecem íntimas, mas são apenas frases sobre estabelecimentos que fazem parte de uma tendência: a dos nomes engraçadinhos.
O Caso Bar
Anderson Passianoto, sócio do Caso Bar, explica o batismo do lugar: “A palavra tem esse poder de despertar curiosidade. Queria uma curta e possível de usar de várias formas.” Não é uma tentativa sensacionalista de chamar a atenção, mas sim um norte à criação do negócio. É o que os publicitários chamam de branding: vai da comunicação à arquitetura. No Caso Bar, o nome inspirou o ambiente, criado para diferentes ocasiões — ou casos.
Localização: Rua Marcos Azevedo, 66, Pinheiros.
Água e Biscoito
Quando a vizinhança demonstrou surpresa com o aluguel do imóvel, os donos deste listening bar descobriram que, em 2017, o endereço era ocupado por um grupo de criminosos. Na época, jornais estamparam o túnel de 12 km, cavado para chegar até o fórum da Barra Funda. “Aqui era uma distribuidora de biscoito de água e sal de fachada”, conta o sócio Fábio Mec. A história deu origem ao nome, à identidade visual e aos pratos. Por isso, todos levam biscoito, seja do carpaccio (R$ 48) ao rosbife com redução de balsâmico, rúcula e aioli (R$ 62).
Localização: Rua Dr. Sérgio Meira, 120, Barra Funda.
Romance Caffee
Calmo como a ideia de um amor ideal. É esse o espírito que Anna Mendonça gostaria de proporcionar aos visitantes do seu café. Escolheu “romance” por ser igualmente compreendido em português, inglês e espanhol. “O calor social ajuda a fugir da hostilidade da cidade”, explica. Por lá, a ideia é ficar juntinho – todos os espaços são compartilhados. Para combinar com essa aproximação, há comidas quentinhas como o sanduíche prensado de cheddar, american cheese e rúcula (R$ 33), que vai bem com o coado, seja quente (R$ 13) ou gelado (R$ 15).
Localização: Rua Xerentes, 69, Perdizes.
Boteco Por Amor
A inspiração para o nome surgiu de uma viagem ao Sul da Bahia. Mais especificamente no momento em que o grupo de sócios avistou uma “Peixaria Por Amor”. “Estávamos para abrir o bar e essa expressão conversa com a nossa cozinha, que carrega receitas da avó de 83 anos da chef Julia Klein”, explica Pedro Coelho, um dos empreendedores. Entre as comidinhas está o coração de galinha na brasa (R$ 35), que ganha acompanhamentos como vinagrete de milho tostado e maionese de batata. A música ambiente segue o tema apaixonado, com brega e piseiro romântico.
Localização: Rua Luigi Greco, 222, Barra Funda.
Raio que o Parta
Embora a expressão seja quase um palavrão, a escolha não passa por nenhuma revolta, mas pelo movimento arquitetônico paraense homônimo. “Todo mundo fica curioso e acha que é uma brincadeira, mas eu sou do Pará e queria uma referência do Norte”, conta a sócia Marília Fialka. Projetado por um arquiteto nascido na região, o espaço apresenta os mosaicos coloridos que caracterizam o estilo Raio que o Parta. Além de drinques clássicos e autorais, há uma pequena seleção de comidinhas, com tábua de charcutaria (R$ 95) e tempurá de peixe (R$ 70).
Localização: Rua Margarida, 30, Barra Funda.
Prêmio Nossa
Quais são os restaurantes e bares que estão no coração dos paulistanos? Essa é a pergunta que a segunda edição do Prêmio Nossa de Bares e Restaurantes quer responder. Pela primeira vez, a eleição “Preferidos do Público” permitiu aos leitores do UOL indicar seus endereços favoritos na cidade. Com os votos abertos na Fase 1, chegamos aos cinco estabelecimentos mais citados nas categorias favoritas do público. Agora, chegou a hora de você decidir qual dos finalistas merece levar o título de melhor de São Paulo nas categorias Pizzaria; Italiano ou Cantina; Hamburgueria; Boteco; e Bar para Petiscar.
Formosa Hi-Fi
Depois de alguns minutos de fila, a primeira sensação que tenho ao entrar na Formosa Hi-Fi, listening bar escondido numa galeria embaixo do Viaduto do Chá, é a de aconchego. Apesar de seus 500 metros quadrados, o lugar tem um suave e íntimo clima de lounge. Tudo inspira conforto: os sofazinhos que convidam a altos papos, o balcão amebóide que promove encontros, as luzes do teto, em forma de alto-falantes que mudam de cor, fazendo uma dança de diferentes climas ao longo da noite.
Localização: entrada subterrânea na esquina do Viaduto do Chá com a R. Xavier de Toledo.
São Paulo Cocktail Week
O agito coqueteleiro paulistano, que já não é pequeno, pega fogo na cidade de 16 a 22 de agosto. A primeira São Paulo Cocktail Week envolve mais de 50 bares de norte, sul, leste e oeste da cidade, com drinques exclusivos, aulas, degustações guiadas, harmonizações e grandes encontros de bartenders brasileiros e de fora do país. A curadoria é do especialista Marcelo Sant’Iago. Cada uma das casas envolvidas bolou um coquetel exclusivo para o evento, por até R$ 49, e não será nada chato percorrer ao menos uma parte do circuito.
Matchá: Tendência em SP
Quando se fala em matchá, só existem dois tipos de pessoas no mundo. A que ainda não conhece a bebida verde feita a partir do pó das folhas da planta do chá-verde e a que ficou viciada após assistir a um milhão de conteúdos bonitos na internet. Trata-se de uma febre global. Em São Paulo, as cafeterias abrem cada vez mais espaço para a bebida. Se você já ama ou se quer provar pela primeira vez, aqui estão duas sugestões:
Aresta Café
Nessa cafeteria com inspiração asiática não poderia faltar matchá. A bebida é oferecida de diversos modos, todos preparados com o pó da Namu, a primeira marca especializada no chá importado da província de Hadong, na Coreia do Sul. Minha dica é escolher a receita de acordo com a temperatura. Nos dias frios, vá de latte (R$ 17). Está calor? Então peça o que combina água tônica e xarope de gengibre (R$ 20).
Localização: Rua Jaguaribe, 454 A, Santa Cecília.
Motchimu
Entrar nesta loja é como se transportar para um lugar que, definitivamente, não parece São Paulo. Os motivos vão das belas cerâmicas trazidas do Japão ao serviço calmo que evidencia os rituais. O matchá é preparado na frente do cliente com leite de aveia (R$ 18) ou na experiência (R$ 120) em que é servido junto de outros dois chás japoneses para harmonizar com motis (bolinho de arroz glutinoso).
Localização: Rua Melo Alves, 303, Jardins.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/08/16/va-pro-raio-que-o-parta-a-tendencia-dos-bares-engracadinhos.htm