Sabe aquela ansiedade de esperar sua mala na esteira do aeroporto e ela não aparecer? Pois é, esse pesadelo acontece milhões de vezes pelo mundo afora. Em 2020, foram 6,3 milhões de malas que deram um rolê sem seus donos, segundo a Sita, uma empresa que manja das tecnologias aeroportuárias. Isso dá tipo 3,5 malas perdidas para cada mil passageiros. E não é que 4% dessas malas decidiram sumir de vez? Cerca de 252 mil malas entraram para o clube do desaparecimento permanente.
Mas ó, temos um motivo pra comemorar aqui no Brasil! Nossas malas parecem ter um GPS interno, porque perdemos bem menos bagagem que a média global. Em 2021, as grandes da aviação brasileira (Azul, Gol e Latam) reportaram cerca de 80 mil malas extraviadas. Olha só os números:
– Azul: 1,74 malas por mil passageiros
– Gol: 0,7 mala por mil passageiros
– Latam: 1,32 malas por mil passageiros
A maioria dessas malas dá um rolê, mas volta pro dono em até sete dias. Mas e aquelas que decidem nunca mais voltar? No mundo, foram 252 mil em 2020. No Brasil, a estimativa é de 2.000 a 3.000 malas em 2021, com a Gol registrando 492 casos de “adeus, mala”.
E como as empresas estão lidando com isso? Bom, a Gol tá sempre de olho na cadeia de serviços de bagagem. A Azul lançou um sistema de rastreamento em 2020 que diminuiu a quantidade de malas perdidas. Já a Latam tá apostando na tecnologia de leitura digital nos principais aeroportos. E todas elas usam um sistema global chamado WorldTracer pra gerenciar as malas perdidas.
Mas e quando uma mala fica sem identificação? A Gol tenta cruzar as características das malas órfãs com os registros de extravios. A Latam faz uma busca detalhada, e a Azul, se não achar o dono em 90 dias, doa a mala para ONGs parceiras.
Sobre os prazos e indenizações, a lei diz que a mala perdida tem que voltar pro dono em até sete dias (voos domésticos) ou 21 dias (voos internacionais). Se rolar atraso, a empresa tem que indenizar em até sete dias. E se você estiver em uma viagem internacional e sua mala sumir por mais de 21 dias, você pode receber até uns R$ 10 mil de indenização, graças à Convenção de Montreal.
Ah, e nos EUA tem uma loja que vende itens de malas perdidas que nunca encontraram seus donos. Imagina achar um falcão mumificado de 4 mil anos ou uma jaqueta autografada pelo Paul McCartney por lá?
Então, fica a dica: sempre bom dar aquela conferida se sua mala tá bem identificada antes de embarcar. E vamos torcer pra que nossas malas sempre voltem pra gente depois de suas aventuras aeroportuárias!