Semana passada, o Ministério da Cultura da Grécia anunciou uma notícia super interessante! Alguns objetos do famoso navio-hospital inglês Britannic, irmão gêmeo do Titanic, foram resgatados do fundo do mar, perto da ilha grega de Kea, no mar Egeu. O Britannic afundou em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, após bater em uma mina alemã.
O que foi encontrado?
Entre os itens resgatados estão uma luminária de navegação, um par de binóculos, uma pia de porcelana, um prato com a estampa da White Star Line (a antiga dona do navio), alguns azulejos da sala de banho turco, bandejas de prata e, o mais simbólico de todos, o sino do navio. Esses objetos vão ser tratados e exibidos em um futuro museu no porto de Pireus, em Atenas, dedicado aos naufrágios da Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Uma operação desafiadora
A operação de resgate foi super difícil, já que o navio está a mais de 120 metros de profundidade. Uma equipe de 11 mergulhadores experientes, usando equipamentos especiais chamados rebreathers, conseguiu realizar o feito. Eles foram contratados pelo historiador britânico Simon Mills, dono dos direitos sobre o naufrágio e fundador da Fundação Britannic.
História do Britannic
O Britannic, com seus impressionantes 269 metros de comprimento, foi construído para ser um dos transatlânticos mais luxuosos do mundo, até mais que o Titanic. Mas ele nunca transportou um único passageiro. Em vez disso, foi requisitado pelo Almirantado Britânico para servir como navio-hospital na Primeira Guerra Mundial. E foi nessa função que encontrou seu fim.
O naufrágio
Na manhã de 12 de novembro de 1916, durante sua sexta viagem de remoção de soldados feridos, o Britannic colidiu com uma mina marítima e afundou em menos de uma hora. Trinta pessoas morreram, principalmente porque alguns marinheiros entraram em pânico e lançaram botes salva-vidas antes da ordem do comandante. Esses botes foram tragados pelos hélices do navio ainda em movimento.
O comandante do Britannic tentou encalhar o navio em uma ilha próxima para facilitar o resgate, mas não conseguiu. Ele foi o último a abandonar o navio, saltando no mar e nadando até um dos botes salva-vidas.
Falhas de segurança
Algumas falhas de segurança podem ter contribuído para o rápido naufrágio. Nem todas as portas estanques foram fechadas após a explosão, e algumas foram abertas pelos tripulantes para recolher objetos pessoais. Além disso, nem todas as escotilhas estavam fechadas, o que permitiu que o navio inundasse mais rapidamente.
Descoberta por Jacques Cousteau
O naufrágio do Britannic foi descoberto em 1975 pelo famoso explorador oceânico francês Jacques Cousteau. Ele constatou que, apesar da explosão, o transatlântico permanecia praticamente inteiro no fundo do mar. Desde então, o Britannic se tornou um destino cobiçado por mergulhadores.
A sobrevivente famosa
O Britannic também é conhecido pela incrível história de Violet Jessop, uma enfermeira argentina que sobreviveu ao naufrágio. Antes disso, ela já havia sobrevivido ao naufrágio do Titanic e a outro acidente marítimo. Violet se tornou conhecida como “a mulher inafundável”.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/historias-do-mar/2025/09/26/mergulhadores-visitam-navio-gemeo-do-titanic-109-anos-apos-seu-naufragio.htm
