Em meados da década passada, representantes de uma fundação de caridade chegaram à comunidade de Crawfish Rock, na ilha de Roatán, em Honduras. Eles queriam abrir um centro comunitário e tinham planos para um centro de atendimento a turistas no futuro.
Os moradores não acharam nada estranho. Roatán já estava no mapa do turismo caribenho graças a uma lei de 2009 que facilitava a construção de resorts e portos para receber os maiores navios de cruzeiro.
Com praias de areia branca e pontos de mergulho excelentes, Roatán é um dos principais destinos de Honduras e um refúgio conhecido entre estrangeiros. Muitos são donos de hotéis e imóveis na ilha.
Ou seja, não havia nada de demais em mais um grupo de gringos chegar e dizer que vai construir algo. Achavam que os áudios que circulavam no WhatsApp tratavam de um novo resort ou condomínio fechado.
Em 2019, o pessoal da tal fundação voltou a abordar a comunidade. Eles diziam representar uma empresa chamada Próspera e tinham um documento assinado por 49 moradores que permitia a criação de um ” , “.
Não deram maiores detalhes. Dali a pouco tempo, os habitantes de Crawfish Rock ganhariam novos, inusitados e polêmicos vizinhos — e Honduras ganharia Próspera Zede, sua primeira cidade modelo, chamada, no princípio, de Hong Kong do Caribe. Mas logo as comparações seriam menos elogiosas.
Empreendedores do mundo, uni-vos
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/terra-a-vista/2025/03/30/eles-querem-ser-imortais-e-nao-pagar-impostos-a-cidade-startup-do-caribe.htm