Imagina só, o ratinho Rémy de ‘Ratatouille’ chamando um primo para ajudar no serviço de vinhos do restaurante! Uma pesquisa publicada no Journal of Animal Cognition revelou que ratos conseguem distinguir vinhos feitos de riesling dos de sauvignon blanc. 🐭🍷
Como Foi Feito o Estudo
Primeiro, os ratinhos (da espécie Rattus norvegicus domestica) foram treinados, recebendo recompensas sempre que identificavam corretamente o vinho de uma uva específica e de apenas um produtor.
Depois, os pesquisadores testaram os animais. A taxa de acerto foi impressionante: 94% para o vinho específico em que foram treinados e 65% para as uvas.
Estou até pensando em levar um camundongo no bolso no próximo encontro com amigos para identificar vinhos às cegas! A pesquisa foi publicada em fevereiro, mas só veio à minha atenção esta semana.
Você Já Provou um Vinho de Sonoma?
No começo do século, eu sempre recomendava vinhos de Sonoma (especialmente os pinots de Russian River e Sonoma Coast), na Califórnia, aos meus amigos. Hoje, não faço mais isso.
Os preços subiram tanto que me afugentam mais que uma infestação de ratos. Mas os vinhos continuam deliciosos, e para quem tiver coragem de passar pela imigração dos EUA, é um belo destino turístico. Na minha opinião, mais legal que Napa, que fica pertinho e é fácil de conhecer num bate-volta.
É sobre os vinhos de Sonoma que o videocast Vamos de Vinho trata nesta semana. Para assistir, é só procurar no YouTube.
Uma Uva: Petite Sirah
Uma vez, no Vale de Sonoma, me deparei com um petite sirah simples e muito gostoso, feito pela vinícola Foppiano. Já conhecia a uva dos anos 80/90, mas esse vinho me marcou. Também conhecida como durif, a petite sirah tem semelhanças com a syrah, como o toque de especiarias que lembra pimenta do reino e anis.
Costuma dar vinhos mais robustos, alcoólicos e tânicos, mas não agressivos. De frutas, espere algo como mirtilo, amora e ameixa. Às vezes, os vinhos são um pouco geleiosos, mas a acidez normalmente impede que sejam entediantes. Se você topar a dica de viagem acima, abra espaço para um petite sirah entre os pinots, chardonnays e syrahs que cruzarão seu caminho.
Saideira
Esse tava bom:
Embora não seja um champagne de alta gama, o Moet & Chandon Impérial Brut entrega tudo que se espera: maçãs, cítricos, florais e tostados, com borbulhas finas e consistentes. Feito com várias safras e com as uvas mais típicas da região: pinot noir, pinot meunier e chardonnay. É meio caro em qualquer lugar, especialmente no Brasil: espere gastar algo como R$ 400 numa garrafa.
O barato da semana:
O Amstramgram Cérès 2023, dos micronegociantes Calmel & Joseph, do Languedoc (França), tem aquela cor tênue de rosados do sul da França. Mas é relativamente potente na boca, com notas de cereja e morangos e algo de cítrico e de damascos. Tem 40% de mourvèdre, 30% de cinsault e 30% de grenache. Na promoção da importadora Chez France, custa R$ 79,90 na compra de seis garrafas.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/vamos-de-vinho/2025/04/27/ratos-distinguem-sauvignon-blanc-de-riesling.htm