Resgate Dramático no Pacífico: Mãe e Filha Salvas de Veleiro à Deriva

Gente, que história de arrepiar! No dia 24 de agosto, um sábado, um pedido de socorro chegou ao Centro de Coordenação de Resgates Marítimos de Honolulu, no Havaí. Era do veleiro francês Albroc, que estava em alto-mar, a mais de 1.600 quilômetros do Havaí. O capitão havia falecido, o barco estava adernado e sem condições de navegar, e as outras duas pessoas a bordo – mãe e filha de sete anos – estavam desesperadas. E pra piorar, um furacão, o Gilma, estava se aproximando. 😱

Avião não pode ajudar

Horas depois, uma equipe aérea de resgate da Guarda Costeira Americana decolou do Havaí com um avião Hercules HC-130, mas só conseguiu localizar o veleiro na manhã de domingo, graças ao sinal de socorro emitido por um aparelho chamado Epirb. O veleiro estava à deriva, sendo bombardeado pelas ondas do furacão. Mãe e filha saíram da cabine, gesticulando freneticamente e disparando foguetes sinalizadores, mas não havia como resgatá-las com o avião. Um helicóptero não teria autonomia para ir tão longe e lançar mergulhadores no mar seria perigoso demais.

Pediu outro tipo de resgate

O comandante do avião tentou falar pelo rádio com a mulher no veleiro, mas não conseguiu contato. Ele informou o Centro de Resgates, que encontrou o navio tanque Seri Emperor, com bandeira de Cingapura, a mais de 500 quilômetros do veleiro. A Marinha Americana também despachou o destroier USS William P. Lawrence, que estava na base havaiana de Pearl Harbour, a mais de 1.500 quilômetros de distância.

Só chegou no dia seguinte

Mesmo navegando a toda velocidade, o Seri Emperor só chegou ao veleiro no final da tarde de domingo, após 18 horas de navegação. Mas as condições do mar não permitiam uma aproximação maior do navio ao veleiro. O máximo que o petroleiro pôde fazer foi ficar próximo ao veleiro, dando alguma tranquilidade à mãe e filha, enquanto aguardavam a chegada do destroier, que só aconteceu na manhã de segunda-feira.

Roteiro de filme

Como um roteiro de filme de ação, quando o USS William P. Lawrence chegou, a meteorologia informou que ele teria apenas algumas horas para resgatar mãe e filha antes que o furacão chegasse. Se isso acontecesse, o veleiro dificilmente sobreviveria às ondas de mais de sete metros de altura. Era preciso agir rápido, e foi o que fizeram.

Havia mais dois seres a bordo

Apesar das dificuldades, um bote inflável foi baixado ao mar e se aproximou do veleiro. Foi quando descobriram que teriam que resgatar também um gato e uma tartaruga, mascotes da família. A operação deu certo, e o USS William P. Lawrence partiu de volta à sua base, em Pearl Harbour, trazendo mãe e filha.

Ambas estavam bem de saúde, mas traumatizadas por tudo o que haviam passado – sobretudo por terem ficado tanto tempo dentro de um barco condenado, ao lado do corpo do marido e pai morto.

Corpo foi deixado no mar

Não foi divulgado o que vitimou o capitão do veleiro, nem os nomes das sobreviventes. Seu corpo foi deixado no barco, que foi abandonado no mar. Muito provavelmente, o veleiro Albroc não deve ter resistido à fúria do furacão Gilma e afundado. Mas não está descartada a hipótese de ele ainda estar vagando à deriva, feito um barco fantasma, com um cadáver a bordo. O drama de mãe e filha talvez ainda não tenha terminado.

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