Skara Brae: A Vila Pré-Histórica que Intriga até Hoje

Gente, olha que fascinante! Uma vila semissubterrânea com mais de 5.000 anos no norte da Escócia ainda deixa historiadores e arqueólogos de queixo caído. Skara Brae, super avançada para a Idade da Pedra com suas casas com descarga e esgoto encanado, viu seus habitantes desaparecerem misteriosamente, tipo, do nada!

Localizada no arquipélago das Órcades, Skara Brae é o vilarejo pré-histórico mais bem preservado do Norte da Europa e, em 1999, ganhou o título de Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É tipo a Pompeia da Escócia, só que mais antiga que Stonehenge e a Grande Pirâmide de Gizé. Ela foi descoberta em 1850, quando uma tempestade revelou parte de suas construções.

Na década seguinte, mais quatro prédios foram escavados, mas os trabalhos foram abandonados em 1868. Skara Brae só voltou a ser pesquisada em 1927, após ser parcialmente saqueada em 1913 e novamente exposta por uma tempestade em 1924.

Como era a vida em Skara Brae?

Em 1930, o professor V. Gordon Childe da Universidade de Edimburgo foi lá tentar desvendar os mistérios do lugar. Ele descobriu que as casas tinham móveis de pedra, tipo armários, cômodas e até caixas de armazenamento. Para entrar nas casas, passava-se por um corredor baixo com uma porta de pedra que fechava com uma barra de osso. Algumas casas tinham até uma antessala com acesso a um dreno coberto de pedra, que funcionava como banheiro. Super avançado, né?

As paredes eram duplas, com camadas independentes de pedras para isolamento térmico. As camas de rocha eram cobertas com peles de animais e plantas para conforto. Segundo o arqueólogo Nick Card, que estuda as Órcades, os habitantes de Skara Brae eram tão criativos quanto nós, com uma sociedade dinâmica e complexa.

Cada casa tinha um único cômodo de cerca de 40 metros quadrados, com móveis onde eram expostos objetos valiosos. Havia uma lareira central e um pequeno tanque no chão para preparar iscas de peixe. Durante escavações, foram encontrados dados de jogos, ferramentas manuais, cerâmicas e joias, além de pedras esculpidas usadas em rituais religiosos.

Os moradores de Skara Brae eram fazendeiros, caçadores e pescadores, capazes de produzir utensílios e ferramentas rudimentares, além de objetos pessoais e de decoração sofisticados para a época. Nenhuma arma foi encontrada, sugerindo uma vida pacífica.

Estudos dos anos 70 apontaram que a vila foi habitada por quase 700 anos, entre 3.180 a.C. e 2.500 a.C. Mas, de repente, algo fez com que os moradores abandonassem o local.

Fim misterioso

O fim de Skara Brae é um mistério. Uma teoria é que uma enorme tempestade de areia tomou as casas. O arqueólogo Evan Hadingham sugere que os habitantes fugiram com pressa, deixando objetos preciosos para trás. Já a arqueóloga Anna Ritchie acredita que o processo foi mais gradual e que a vila já estava abandonada antes de ser enterrada pela areia.

Para conhecer

Quem visita Skara Brae pode ver suas construções impressionantes e artefatos encontrados durante as escavações no centro de visitantes. O local, sujeito a mau tempo, fica aberto de segunda a sexta, das 9h às 17h. É bom checar a previsão antes de ir e verificar possíveis fechamentos não-programados usando a hashtag #HSclosure no X (antigo Twitter).

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