Gente, olha que história emocionante! A tartaruga Jorge, que passou 40 anos em cativeiro, finalmente voltou ao mar. Mas agora, ninguém sabe onde ele está. A Prefeitura de Mendoza informou que o monitoramento de Jorge foi encerrado. Ele foi liberado em abril na Argentina e, até a última atualização, estava na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
O que rolou
O último sinal de Jorge foi registrado na semana passada. A Prefeitura de Mendoza comunicou que o último sinal da tartaruga foi em 29 de julho. O dispositivo no corpo do animal parou de transmitir sinal após entrar na Baía de Guanabara.
Essa interrupção já era esperada. A perda de sinal pode ocorrer por vários motivos, como esgotamento da bateria, acúmulo de organismos marinhos no dispositivo ou desgaste do sensor. Isso não representa nenhum sinal negativo quanto à saúde ou comportamento do animal.
Os pesquisadores acreditam que Jorge possa estar seguindo para a região da Praia do Forte, próxima a Salvador. É impossível saber quando Jorge irá embora da Baía de Guanabara, porque isso depende apenas da vontade dele. Mas, se ele tem permanecido ali, é porque tem encontrado comida, o que é uma boa notícia para o sucesso do projeto.
Sucesso da Operação
Mesmo sem saber o paradeiro de Jorge, os pesquisadores estão comemorando o sucesso da operação. Nas redes sociais, o Projeto Aruanã, que também monitorava a tartaruga, celebrou o encerramento do monitoramento de Jorge. Eles informaram que a decisão reafirmou o sucesso de sua reinserção no mar, deixando um legado científico e ambiental sem precedentes.
Até sua última transmissão, Jorge se deslocava entre áreas que já sabemos ser locais onde tartarugas-cabeçudas costumam frequentar para alimentação. Sendo assim, desejamos vida longa ao Jorge!
Entenda o Caso de Jorge
Jorge viveu 40 anos em um aquário na Argentina. O caso chamou atenção no país e 60 mil pessoas assinaram um documento pedindo que o animal fosse devolvido ao mar ou transferido para um centro especializado em vida marinha. O pedido foi acatado pela justiça argentina.
Jorge foi liberado no dia 11 de abril. O processo durou cerca de três anos, envolvendo preparação clínica, treinamento e simulações ambientais para a reinserção da espécie. Desde que Jorge voltou ao mar, uma equipe multidisciplinar fazia o monitoramento do animal por satélite. Ao todo, foram 109 dias de observação.
Da Argentina, Jorge percorreu cerca de 4.000 km, passando pelo Uruguai e chegando às águas quentes do Brasil. Ele seguiu uma rota migratória típica de um macho adulto de sua espécie, explicou a Prefeitura de Mendoza.
Jorge adentrou a Baía de Guanabara no dia 16 de julho, antes de o sinal falhar. A permanência de Jorge na região gerou preocupação para os pesquisadores. Segundo o Projeto Aruanã, Guanabara oferece tanto riscos, como poluição por esgoto e poluentes químicos, como abrigo e alimento. Por isso, a organização começou um trabalho de alertar aos frequentadores e pescadores sobre a presença de Jorge.
Jorge conseguiu se orientar, se mover em direção a águas mais quentes e apresentar padrões esperados. Tudo indica que ele realizou uma migração típica para sua espécie. Sua reintegração foi um verdadeiro sucesso. Sabíamos que o transmissor poderia parar de transmitir a qualquer momento. As informações que obtivemos ao longo desses mais de cem dias são de enorme valor científico e reforçam a importância de apoiar esses processos.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2025/08/06/tartaruga-jorge.htm