Medo e Incerteza: Imigrantes nos EUA Enfrentam Desafios com Políticas de Trump

Gente, a situação tá tensa nos EUA! Desde que o presidente Donald Trump assumiu, muitos imigrantes estão com medo de sair de casa. Trabalhadores estão faltando ao trabalho e mães estão deixando de mandar seus filhos para a escola, tudo por medo de deportações.

Isso tudo é por causa da política antimigratória do governo Trump, que promete reprimir e extraditar estrangeiros sem documentos. É tipo uma Inquisição moderna contra os imigrantes.

Um dos setores mais afetados é o de restaurantes. Muitos não conseguiram abrir na semana passada por falta de pessoal. O trabalho imigrante, tanto legal quanto ilegal, é essencial para esse tipo de negócio nos EUA.

Segundo a Associação Nacional de Restaurantes, 21% dos trabalhadores do setor são imigrantes. Mas esse número parece ser bem maior se considerarmos os que não têm documentos.

Muitos donos de restaurantes estão com medo de falar com as autoridades do Serviço de Controle de Imigração (ICE) para não prejudicar seus negócios e funcionários.

Uma reportagem do New York Times mostrou que, em um restaurante famoso de Chicago, havia um bilhete na cozinha dizendo: “Não deixe o ICE entrar no prédio!” e “Nada de dedurar!”. Isso mostra o nível de preocupação dos trabalhadores.

Chefs e empresários estão contratando advogados especializados em imigração e reunindo seus funcionários para explicar a situação e seus direitos, tentando acalmar os ânimos.

De Chicago a São Paulo

Nos EUA e em muitos outros lugares do mundo, muitos restaurantes são geridos por imigrantes, que oferecem trabalho a seus conterrâneos que chegam em busca de uma nova vida.

O setor gastronômico atrai imigrantes porque não exige domínio imediato do idioma local ou qualificações rígidas. Cozinhar e vender comida permite uma integração mais rápida, afinal, comida é uma linguagem universal.

Em São Paulo, por exemplo, os restaurantes abertos por imigrantes ajudam a contar a história da cidade. Muitos foram fundados por pessoas fugindo de crises e guerras e começaram servindo comida para suas comunidades, mas logo caíram no gosto dos moradores locais, moldando a identidade gastronômica da cidade.

Hoje, muitos dos restaurantes italianos, libaneses, japoneses e sírios que conhecemos nasceram dessa tradição, que continua a se renovar.

Nos EUA, 41% dos restaurantes são geridos por minorias étnicas, segundo uma pesquisa da escola Escoffier. Esse número é bem maior do que em outros setores.

Os asiáticos, por exemplo, estão super representados no setor de restaurantes, com uma representação 196% maior do que em outros segmentos de serviço.

Isso mostra que, sem imigração, não teríamos a diversidade gastronômica que temos hoje. A imigração é essencial para a restauração, seja na América, Europa ou até mesmo em países asiáticos.

Consciência do Comensal

Nas reportagens e conversas sobre gastronomia, fala-se muito sobre a diversidade de ingredientes e receitas, o que é sempre válido. Mas pouco se discute o fator humano por trás da gastronomia. Falamos sobre pratos, menus e serviços, mas raramente reconhecemos a força de trabalho que sustenta o setor.

Da próxima vez que for sair para jantar, pense em visitar aquele restaurante aberto por imigrantes no seu bairro. Mais do que oferecer pratos, esses restaurantes representam resiliência, inovação e a rica troca cultural que define a gastronomia.

Reconhecê-los e valorizá-los é uma forma de preservar a diversidade que torna nossas cidades mais vibrantes e nossas mesas mais ricas.

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